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Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), 2011 é o ano internacional dos povos afro-descendentes. Pensando nisso, a Assembléia Legislativa de Sergipe (Alese) promoveu na manhã desta quinta-feira, 17, no plenário, a entrega da Medalha Abdias Nascimento a 50 personalidades negras que se destacam em vários segmentos da sociedade. A sessão especial faz parte, também, da homenagem ao Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro.

Por todo seu empenho diante da cultura sergipana, além da militância em causas políticas, a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, foi uma das homenageadas. De acordo com a gestora, a condecoração mostra o reconhecimento de seu trabalho nos órgãos públicos pelos quais passou.

“Sinto-me extremamente lisonjeada, por isso agradeço à Alese, uma vez que ela cumpre um papel importante neste ano de celebração e homenagens aos afro-descendentes que estão espalhados por todo o mundo. Receber essa medalha é uma honra, pois trata-se de um reconhecimento do trabalho que eu tenho feito nos órgãos públicos pelos quais tenho passado”, explanou Eloísa.

A gestora ainda ressaltou a importância de lembrar Abdias Nascimento, ao se criar esta homenagem. “O Dia Nacional da Consciência Negra, é importante destacar, foi criado a partir de uma propositura de Abdias Nascimento. Isso para nós é o reconhecimento de um militante negro, que atuou nas artes e que assumiu cargos importantes no Legislativo Nacional, a exemplo da Câmara dos Deputados e do Senado Federal”, explicou.

Idealizadora da Medalha Abdias Nascimento, a deputada estadual Conceição Vieira, saudou todos os presentes e frisou a importância não só da comemoração, mas de reflexão da data. “Agradeço a todos que acataram esta idéia e que estão aqui não apenas para celebrar, mas para refletir acerca do significado da data. Este é um momento de contentamento e alegria para todos, neste prêmio que leva o nome de Abdias Nascimento – um grande estadista que no ano passado foi indicado para receber o Nobel da Paz”, disse a parlamentar.

Sessão especial

Dando início à sessão, a banda de música do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Sergipe (CBMSE) executou o hino nacional brasileiro. Logo após, foi a vez do coral da Alese prestar homenagem aos 50 condecorados e aos componentes da mesa na plenária.

Foram homenageados: a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino; o secretário municipal de Educação, Antônio Bittencourt; o vice-prefeito de Aracaju, Silvio Santos; o pesquisador, Paulo Roberto Gomes; a gerente de marketing da TV Sergipe, Flávia Menezes; o deputado estadual, Adelson Barreto; o presidente da BR Distribuidora, José Lima de Andrade Neto; a jornalista, Sandra Cruz; representantes de quatro terreiros em Sergipe; entre outras personalidades.

Representando os condecorados, o presidente da BR Distribuidora, José Lima de Andrade Neto, agradeceu a homenagem e recitou a seguinte frase: ‘Só o inesperado acontece, o esperado não acontece’. Segundo ele, o inesperado é o que ocorre atualmente: negros ocupando um lugar de destaque na sociedade. “Agradeço à homenagem, mas tenho certeza que o objetivo de todos os presentes é que eventos de homenagem ao negro não precisem existir mais”, ressaltou o presidente.

Mesa

Compuseram a mesa na solenidade: a presidente da Alese, Angélica Guimarães; a deputada Conceição Vieira; representando o Governo do Estado, o secretário de Direitos Humanos Luiz Eduardo Oliva; o presidente da Câmara de Aracaju, Emmanuel Nascimento; o vice-prefeito, Silvio Santos; representando o Poder Judiciário do Estado da Bahia, Luislinda Valois; o presidente da BR Distribuidora, José Lima; e o promotor de justiça, Fausto Valois.

Abdias Nascimento

Abdias Nascimento é Professor Emérito da Universidade do Estado de Nova Iorque e Doutor Honoris Causa pela Universidade de Brasília, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Universidade Federal da Bahia, Universidade do Estado da Bahia e Universidade Obafemi Awolowo, em Ilé Ifé, Nigéria. Nascido em Franca, SP, em 1914, atua no movimento social afro-brasileiro desde a década de 1920, quando protestou contra a exclusão de negros da Guarda Municipal de São Paulo. Participou da Frente Negra Brasileira nos anos 1930, e ajudou a organizar o Congresso Afro-Campineiro em 1938.

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