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Os casos de leptospirose, registrados a partir do período chuvoso em Sergipe, vem preocupando os técnicos da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES). As chuvas ocorridas, principalmente em abril, provocaram alagamentos, aumentando o risco de contaminação, que acontece através da urina de ratos infectados pela bactéria Leptospira Interrogans. Este ano, até então, foram dez casos registrados, com dois óbitos.

Para evitar o aumento de casos de leptospirose, a equipe de Vigilância Epidemiológica da SES vem reforçando as ações preventivas e educativas junto aos municípios sergipanos. “As atividades incluem palestras com os profissionais integrantes da equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) e da rede hospitalar. Conversamos também com a população em geral”, informou Monique Santana, técnica responsável pelo Programa Estadual da Raiva, Leptospirose e Animais Peçonhentos.

Durante o período chuvoso deste ano, a equipe da Vigilância Epidemiológica elaborou um plano de contingência para doenças provenientes da água contaminada. Os técnicos percorreram os municípios atingidos pelos alagamentos, inundações e enchentes, fazendo orientações sobre os cuidados com a leptospirose, cólera e hepatites A e B. As pessoas que estavam em abrigos receberam as orientações para higienização das residências e consumo de alimentos.

Recomendações

Além das palestras, a SES disponibiliza cartilhas e panfletos educativos. Segundo a técnica, a melhor forma de evitar a contaminação é manter os ratos afastados dos ambientes em que os seres humanos vivem e evitar o contato com a água possivelmente contaminada. “O ambiente doméstico e terrenos baldios devem ser mantidos limpos. É preciso também evitar o contato com águas de enchentes, além de não deixar alimentos para animais domésticos à disposição deles o dia todo, pois essa prática atrai ratos”, recomendou.

Monique Santana também explicou que o ciclo de reprodução dos ratos é rápido e a cria de uma rata gera muitos filhotes, o que torna difícil o controle do vetor da leptospirose. “Para afastar esses animais, além de manter limpo o ambiente, é preciso fazer constantes dedetizações nas residências, bueiros e estabelecimentos públicos”. Ela ainda alerta para o fato de que animais domésticos – gato ou cachorro –, assim como bovinos, equinos, ovinos, caprinos ou suínos, caso estejam contaminados, também podem se tornar vetores da doença. 

A correta higienização de caixas d’água e alimentos também é uma forma de prevenção. Os alimentos que entraram em contato com a água suja devem ser descartados e a limpeza de um ambiente que foi atingido por alagamento deve ocorrer com água devidamente tratada. “Antes de limpar o ambiente, é preciso limpar a caixa d’água com água sanitária e, ao enchê-la novamente, colocar água sanitária para a limpeza. Depois da limpeza, deixar a caixa encher sem adicionar nenhum produto, para que a água volte a ser consumida”, explicou a técnica.

Se o contato com a água possivelmente contaminada for inevitável, a pessoa deve estar protegida com botas e luvas de borracha. Na falta delas, o saco plástico pode ser usado nos pés e nas mãos e o contato deve ser breve, pois a bactéria penetra no organismo humano através de ferimentos ou da pele enrugada pelo longo tempo de exposição na água.

A doença

Os sintomas da leptospirose são parecidos com os da gripe e da dengue: febre, dores no corpo (principalmente na panturrilha) e icteria (mucosas amareladas). Em caso de suspeita, a unidade de saúde mais próxima deve ser procurada imediatamente. O tratamento é feito na rede hospitalar. Em 2009, foram registrados 50 casos e 14 óbitos no Estado. Em 2008, o número de contaminações foi maior, com o registro de 77 casos, sendo que 12 evoluíram para óbito.

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