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Uma das doenças que atinge os brasileiros durante o verão é a dengue, devido às condições climáticas da época, que favorecem a proliferação do mosquito. Em Sergipe, pesquisas estão sendo desenvolvidas para o combate do mosquito Aedes Aegypti, através do Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS), apoiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica (Fapitec/SE), vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sedetec).

O PPSUS auxilia financeiramente pesquisas direcionadas a problemas prioritários da saúde. É um programa nacional que envolve parcerias com o Ministério da Saúde, a Secretaria Estadual da Saúde e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que, juntos, garantem a sustentabilidade técnica e financeira ao programa. O pesquisador da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Sócrates Cavalcanti, obteve dois projetos aprovados nas pesquisas sobre dengue. O primeiro foi no edital de 2009, e tem por objetivo estudar a atividade de derivados de timol sobre o desenvolvimento e viabilidade de larvas do Aedes aegypti, e assim utilizar estratégias para controle do vetor.

O outro projeto foi aprovado no edital nacional do CNPq, através do Programa de Apoio aos Núcleos de Excelência (Pronex), dando continuidade à linha de pesquisa sobre o combate do mosquito através das larvas. O edital propõe uma implantação de uma rede inter-regional de pesquisas em dengue no Brasil. A proposta aprovada desenvolve pesquisas para obtenção de um larvicida que possa combater as larvas do mosquito. Coordenado pelo pesquisador, o projeto visa contribuir para diminuição da doença no Estado. “O objetivo é encontrar novos larvicidas em substituição aos já utilizados. Além disso, encontrar um que não favoreça a resistência do mosquito, através da mistura de vários larvicidas”, explicou Cavalcanti.

A meta da pesquisa é encontrar, portanto, novos inseticidas para o controle das larvas. Para isso, são sintetizados compostos ou derivados de óleos essenciais de plantas para elaboração de um produto eficaz. Também está sendo utilizada uma enzima recém descoberta, pois sua inibição pode levar à morte da larva do mosquito. Os compostos sintetizados são testados em copos descartáveis com variações de concentrações. Com os testes, o pesquisador chega à concentração que matou todas as larvas, e avança para outras etapas da pesquisa.

O estudante de mestrado em Farmácia, Rafael Barreto, que faz parte da equipe, destaca a importância da pesquisa: “Este projeto é importante para diminuir os índices de dengue, já que estamos em uma zona crítica. A substituição dos larvicidas utilizados por produtos derivados de plantas ou compostos sintetizados pode contribuir para essa diminuição”, afirmou.

Programa Rede Dengue

A partir de 2003, a Fiocruz/RJ instituiu a Rede Dengue, através da destinação de recursos para o Programa de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Saúde Pública no campo da pesquisa. O Programa é um projeto aprovado em um edital nacional do CNPq, com participação da Fapitec/SE. No Nordeste, Sergipe faz parte do programa juntamente com Ceará e Pernambuco.

De acordo com o coordenador da Rede Dengue em Sergipe, Sócrates Cavalcanti, essa integração é muito importante, pois é um trabalho em conjunto com outros estados e cada um contribui para o avanço da pesquisa. A Rede Dengue busca promover a integração de competências e ações para produzir soluções aplicáveis ao controle da dengue. Os cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti constituem também uma ação da população. Buscar informações de prevenção e a manifestação da doença são itens básicos para que a comunidade também participe dessa campanha de combate ao mosquito.

Segundo Sócrates, em termos de sintomas além da dengue clássica e hemorrágica, o paciente também pode apresentar a assintomática e atípica. Na assintomática os sintomas não aparecem, já a atípica você contrai a dengue, mas não tem os sintomas clássicos. Febres, dor no corpo, manchas vermelhas na pele, principalmente nas costa, são os principais sintomas da doença. Em casos extremos pode causar hemorragia, a manifestação ocorre após oito dias da picada.

“Sergipe está em uma situação favorável em relação ao controle da dengue, no entanto, ainda há uma necessidade de melhorias nos larvicidas utilizados”, conclui Cavalcanti. Ao todo, nos dois projetos, foram investidos mais de R$ 90 mil para compra de equipamentos do laboratório, por meio do edital.

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