Saúde se engaja em campanha pelo fim da violência contra a mulher
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) se engajou na campanha ‘16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres’, aberta em 23 de novembro pela Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seides). O ponto alto da iniciativa acontece nesta segunda-feira, 6, com a realização da Campanha Laço Branco, que tem por objetivo sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher.
A campanha está acontecendo em todo o país, tendo como slogan permanente: ‘Uma vida sem violência é um direito das mulheres’. A campanha prosseguirá até o próximo dia 10 e agrega uma grande rede de parcerias nacionais, estaduais e municipais. Em Sergipe, os debates têm como tema central ‘Tecendo Redes e Fortificando Laços – Pelo Fim da Violência contra as Mulheres’.
“Nesta segunda, dia da Campanha do Laço Branco, todas as secretarias estaduais estão mobilizadas para sensibilizar os servidores do sexo masculino a usarem o laço branco, um símbolo que pede o fim da violência contra a mulher”, informou Luiz Cláudio Barreto Soares, gestor da Atenção Básica da SES, acrescentando que dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) dão conta de que cerca de 70% dos homicídios contra as mulheres são cometidos pelos seus companheiros.
Massacre em Montreal
O dia 6 de dezembro é um marco na luta pelo fim da violência contra a mulher e inspirou a campanha Laço Branco. Nesta data, no ano de 1989, o estudante Marc Lépine entrou armado na escola politécnica da Universidade de Montreal, no Canadá. Filho de pai imigrante da Argélia e de mãe franco-canadense, ele acreditava que mulheres tinham roubado o seu lugar na sociedade, desenvolvendo um ódio contra feministas.
No dia do massacre, Lépine entrou em uma classe de engenharia mecânica, onde armado determinou que homens e mulheres se separassem, forçando-os a se retirarem da classe e abrindo fogo contra as mulheres. Lépine continuou o massacre em outras partes da faculdade, matando ao todo 14 estudantes do sexo feminino.
A violência doméstica tem a forma de violência física, sexual e psicológica que tenha ocorrido dentro da família ou unidade doméstica ou em qualquer outra relação interpessoal, de afinidade ou afetividade, em que o agressor conviva ou tenha convivido com a mulher. De acordo com a pesquisa ‘A mulher brasileira nos espaços públicos e privados’, realizada pela Fundação Perseu Abramo em 2001, calcula-se que cerca de 6,8 milhões de mulheres brasileiras já foram espancadas ao menos uma vez.
Contrariando o senso comum, as pesquisas indicam que o lugar menos seguro para a mulher é a sua própria casa. O risco de uma mulher ser agredida em casa, pelo marido, ex-marido, namorado ou atual companheiro, é nove vezes maior do que o de sofrer alguma violência na rua.
- Saúde se engaja em campanha pelo fim da violência contra a mulher – Fotos: Wellington Barreto