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A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Vigilância Epideomológica, regularmente faz o levantamento dos dados de pessoas vitimadas pela meningite em Sergipe. De acordo com a Vigilância Epideomológica, em 2010 foram confirmados no estado 65 casos de meningite com oito óbitos. Destes casos, 20 (ou 32%) foram classificados como Doença Meningocócica (DM). Em 2011, até o dia 30 de novembro, foram confirmados 43 casos, sendo três de DM e três óbitos, um por Meningocócica (MB), um por meningite de outras etiologias e um por meningite pneumocócica.

Na última década não houve surtos de meningite em Sergipe e a SES monitora constantemente a doença no estado. A avaliação dos casos notificados de meningite em Sergipe demonstra uma tendência de queda a cada ano, desde 2007. Nos dois últimos anos, os casos concentraram-se entre os meses de agosto e outubro.

A médica infectologista do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), Iza Lobo, alerta que a meningite é uma doença endêmica, de caráter mais contínuo e restrito a uma determinada área, diferente de uma epidemia. “Não existe um tipo de meningite mais perigoso. Os tipos ‘A’, ‘B’ e ‘C’ são os clássicos, mas eles têm vacina para a cura. O tipo da meningite pneumocócica talvez seja mais frequente aqui, o que não é transmissível. Enquanto a meningocócica geralmente é por surto, mas não existe perigo no momento de uma epidemia de meningite”, esclareceu.

Segundo a especialista, os sintomas clássicos da meningite são a febre, a cefaléia (dor de cabeça) e o vômito. “Esses são os sintomas clássicos e aí, no exame físico, se busca a rigidez da nuca, pois caso seja constatada, se configura a suspeita imediata de meningite e se deve fazer a extração do ‘líquor’ rapidamente”, explicou Iza, complementando que o ‘líquor’ é um líquido existente na medula e na cabeça e sua coleta é capaz de diagnosticar o tipo de meningite.

Diagnóstico rápido é fundamental

Caso os três sintomas (febre, dor de cabeça e vômito), além da rigidez no pescoço, sejam detectados, é necessário procurar urgentemente ajuda médica. Quanto mais precoce é o diagnóstico, melhores são as chances de cura como explica a médica do Huse.

“É necessário fazer o diagnóstico imediato, então, é preciso que, após a coleta do ‘líquor’, o antibiótico seja tomado no mesmo instante. Se você retardar o início da terapia, você acaba comprometendo o diagnóstico final. A meningite meningocócica se não for tratada rapidamente, pode matar em horas, porém, ela á tratável e quando se dá o antibiótico rapidamente, a resposta é instantânea, e na maior parte das vezes, o paciente não fica com sequelas”, afirmou Iza Lobo.

Contágio

O termo meningite expressa ocorrência de processo inflamatório das meninges (membranas que recobrem e protegem o cérebro e a medula espinhal). Em geral, a transmissão dos agentes bacterianos é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe, havendo a necessidade de contato íntimo (residentes da mesma casa, colega de dormitório ou alojamento) ou contato direto com as secreções respiratórias do paciente.

Indivíduos de qualquer idade são suscetíveis às meningites, entretanto, o grupo etário de maior risco para o adoecimento é o das crianças menores de cinco anos. As faixas etárias de 10 a 19 anos, e 20 a 39 são as mais acometidas.

Nota Técnica da Vigilância Epideomológica da Secretaria de Estado da Saúde:

Em 2011 ocorreram casos de meningites em 20 municípios sergipanos,  sendo a maior concentração em Aracaju (30,2%), Itabaiana (11,6%0,  Tobias Barreto (7%), Itabaianinha (7%), Riachão do Dantas (4,7%), NS Socorro (4,7%), Canindé do SF (4,7%), seguido de Simão Dias, São Cristóvão, Riachuelo, Poço Verde, NS da Glória, Neópolis, Monte Alegre, Lagarto, Indiaroba, Estância, Cristinápolis, Carira e Aquidabã (que apresentaram 1 caso, correspondendo a aproximadamente 2,3% dos casos). Distribuição anual dos óbitos por meningites no estado de Sergipe, 2007 a 2011:

ANO

óbitos

total

n

%

 

2007

13

13,1

99

2008

7

13,0

54

2009

14

26,9

52

2010

8

12,9

62

2011

7

17,5

40

Total

49

16,0

307

Fonte: SINAN/Diretoria de Vigilância Epidemiológica/SES (*dados sujeitos a atualização)

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