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O Governo do Estado de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), segue empenhado no combate à Sífilis. Na manhã de terça-feira, 18, ocorreu na Sociedade Semear mais uma etapa de capacitação organizada pela Fundação Estadual de Saúde (Funesa).

O Seminário de Atualização do Dia da Sífilis, que foi direcionado aos médicos e enfermeiros da Atenção Básica e Vigilância Epidemiológica dos 75 municípios sergipanos, além das maternidades e hospitais regionais, integram o Plano Estadual de Combate à Sífilis Congênita, lançado pela SES em julho e ocorre na semana em que se celebra o Dia Nacional de Combate à Sífilis, lembrado no terceiro sábado do mês de outubro.

Para a diretora de Vigilância Epidemiológica da SES, Giselda Melo, após três meses do lançamento do Plano Estadual de Combate à Sífilis Congênita, esse é um momento para avaliar os avanços e dificuldades junto aos profissionais. “Até agora, mais de mil profissionais da Atenção Básica e rede hospitalar já foram capacitados para o diagnóstico e tratamento da doença”, revela.

Segundo Giselda, de janeiro até setembro já foram notificados 143 casos de sífilis congênita e 211 de sífilis em gestantes. Números superiores ao ano de 2010, em que foram notificados 159 e 197 casos respectivamente. “Esse aumento momentâneo se justifica pelo trabalho que estamos desenvolvendo na organização da rede e na busca ativa nas maternidades para estimular a notificação e o tratamento adequados”, assegura.

Detecção precoce

“O nosso foco agora é detectar todas as gestantes, ainda no primeiro trimestre de gestação, que estão contaminadas e tratá-las para que a doença não seja transmitida ao bebê, o que chamamos de transmissão vertical”, explica o médico infectologista da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SES, Marco Aurélio Góes.

Na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), de acordo com a superintendente, Carlini Rabelo de Oliveira, é feito o diagnóstico e o tratamento das mães e dos bebês que nascem com a doença. “Muitos casos de abortos são provocados pela sífilis e algumas crianças nascem sem sintomas aparentes, no entanto, as maiores sequelas são relativas a problemas neurológicos, por isso a importância da detecção precoce e do tratamento”, entende.

Para o gerente do programa de DST/Aids da SES, o médico Almir Santana, a Atenção Básica, por meio das Equipes de Saúde da Família (ESF), é fundamental na detecção precoce e tratamento da doença. “É lá na Atenção Básica que é feito o pré-natal”, aponta. De acordo com Santana, outro desafio é levar o parceiro sexual durante todo o acompanhamento da gestante. “Muitos homens, por questão cultural, não vão à unidade de saúde”, revela.

Segundo Santana, apesar da doença já ser conhecida há mais de 100 anos, muitas pessoas não tinham qualquer tipo de informação sobre ela. “Uma boa parte da população nem sabia que a sífilis pode ser transmitida verticialmente, ou seja, da mãe para o bebê”. Para o médico, a busca ativa para entender quais os pontos fracos na rede de saúde e a campanha de mídia realizada pela SES foram fundamentais para o avanço do Plano.

Avanços

Desde o lançamento do Plano Estadual de Combate à Sífilis Congênita, realizado pela SES no mês de julho, já foram capacitados, por meio de parceria com a Funesa, cerca de mil profissionais de saúde da Atenção Básica e da rede hospitalar.

Além disso, a SES também implementou duas novidades que se aliam no combate à doença: uma delas é o cartão convite, que propõe ao profissional de saúde orientar a gestante sobre como conversar e convidar seu parceiro a ir até o Posto de Saúde da Família (PSF) para realizar o exame pré-natal. A outra é a mudança no protocolo de diagnóstico e tratamento da doença que considera a sífilis indeterminada, o que facilita o diagnóstico na atenção primária.

Para a técnica da Vigilância Epidemiológica da SES, Fernanda Costa, houve uma melhora na qualidade do preenchimento da ficha de notificação. “Isso é consequência do grande número de profissionais qualificados durante esse período, o que colabora para uma detecção mais precoce e um tratamento mais adequado”, acredita.

Outro avanço, apontando foi a redução no tempo de entrega dos resultados do exame para a detecção da doença. “Houve uma melhora significativa, mas estamos trabalhando para que esse tempo seja menor ainda”, assegura Giselda Melo.

A Sífilis

É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Podem se manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença.

Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e/ou morte ao nascer. O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental.

A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. O uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenir-se contra a sífilis.

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