Saúde realiza mais uma etapa da oficina de sensibilização para violências
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria coma Fundação Estadual de Saúde (Funesa), promoveu, nesta quinta-feira, 20, mais uma etapa da oficina “Violência: um assunto de todos”, voltada para profissionais da Atenção Básica dos municípios que compõem a região leste de Sergipe.
As oficinas são resultado da deliberação do seminário ‘Construindo um Pensar Coletivo para o Enfrentamento das Violências em Sergipe’ e têm por objetivo sensibilizar os profissionais de saúde para notificar casos suspeitos ou confirmados de pessoas em situação de violência, além de fortalecer a rede intersetorial, dos municípios, de combate às violências. Essa rede é formada pelas áreas da educação, assistência social, saúde e conselhos de direito (mulheres, crianças e adolescentes, idosos e pessoas com deficiência, Ministério Público, entre outras).
Nas oficinas, a violência é abordada a partir da construção das relações de poder entre gêneros. “Mostramos para os profissionais de saúde que a notificação é importante para cuidar das pessoas e dar subsídios para implantar políticas propositivas de cuidado integral às pessoas em situação de violência”, disse Patrícia Lima, referência técnica para as violências da SES.
Para a professora da Universidade Federal de Sergipe, Claudiene Santos, que é facilitadora na oficina da SES, é necessário desbanalizar as violências domésticas. “Trabalhamos com os profissionais a especificidade do atendimento para quem procura um serviço de saúde nessa situação de violência. Muitas vezes as pessoas procuram várias vezes os serviços e têm queixa de dor de cabeça, insônia, agitação, depressão que são consequências da situação de violência. É necessário que os profissionais acolham esses casos com uma escuta diferenciada para que a rede de atenção à violência possa ser acionada”, explicou.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Gestão de Linhas de Cuidado da SES, Jane Curbani, a expectativa é que as oficinas gerem resultados a partir do ano que vem. “Este ano estamos capacitando as pessoas para que, em 2014, tenhamos números e possamos organizar os serviços para prestar a devida assistência”, disse.
De acordo com a enfermeira da Atenção Básica de Santo Amaro das Brotas, Grasielle Santos Garção, as oficinas vão instrumentalizar os profissionais para que possam intervir na realidade das violências. “Quando recebermos na unidade de saúde uma pessoa em situação de violência, saberemos que providência tomar”, afirmou.
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