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Fortalecer e ampliar a rede de captação e doação de órgãos no estado de Sergipe. Esse foi o objetivo da capacitação realizada na última sexta-feira, 23, pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), e que teve como público-alvo médicos, enfermeiros e profissionais de Saúde que atuam nas unidades críticas da rede hospitalar do Estado.
 
O objetivo do curso foi debater os aspectos legais e técnico-científicos que envolvem a morte encefálica, bem como apresentar propostas de padronização das rotinas que envolvem o diagnóstico e a manutenção do potencial doador de órgãos. O evento contou com a participação de profissionais de outros estados, associações, e do Conselho Regional de Enfermagem de Sergipe.
 
A metodologia do curso envolveu a realização de quatro palestras, uma mesa redonda e apresentação da proposta do Protocolo de Morte Encefálica pela Organização para Procura de Órgãos (OPO) da Central de Transplantes de Sergipe. Os temas das palestras foram: Aspectos Éticos e Legais na Morte Encefálica, Fisiopatologia e Diagnóstico da Morte Encefálica, Condutas Clínicas na Morte Encefálica e Condutas de Enfermagem na Morte Encefálica.
 
Responsabilidade do profissional
 

O secretário de Estado da Saúde, Antonio Carlos Guimarães, que participou da abertura do evento, destacou a responsabilidade do profissional de saúde. “No momento que a gente começa a discutir a viabilidade de ter a disponibilidade de órgão a partir da preservação da vida na pessoa que tem a potencialidade de ser uma doadora, temos a grande responsabilidade, enquanto profissionais de Saúde, com a família do doador e com quem receberá os órgãos. Primeiro, temos que detectar o momento oportuno e preservar os sinais vitais e o equilíbrio corpóreo no sentido da preservação do órgão, e, ao mesmo tempo, ser sensível ao sentimento dos familiares dos doadores”, disse Guimarães. 
 
De acordo com o coordenador da Central de Transplantes, Benito Oliveira Fernandez, é importante o profissional de saúde estar bem preparado no processo de capacitação e doação dos órgãos. “O profissional de saúde é quem inicia todo o processo que torna a doação possível, com o diagnóstico de morte encefálica, e essa capacitação se torna importante para a sensibilização do profissional para o aumento do número desses diagnósticos”, disse.
 
Sensibilização da sociedade
 
Já a diretora de Gestão de Sistemas da SES, Tina Cabral, gestora do setor da secretaria responsável pela coordenação da central de transplantes, destacou a importância da mobilização da sociedade em prol do tema. “Nós temos que sensibilizar também as famílias e a sociedade como um todo para os benefícios e para a causa da doação”, afirmou a diretora.
 
O médico Reginaldo Boni, palestrante do evento e coordenador da OPO da Central de Transplantes da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que veio debater sobre as condutas clínicas da morte encefálica, também falou sobre a sensibilização da sociedade em torno da causa dos transplantes.
 
“A questão do transplantes é algo a ser construído na sociedade. A gente tem de entender que os doadores saem da sociedade e os órgãos devem voltar para essa sociedade como um benefício social. Construir requer que profissionais sejam capacitados e que cursos de formação sejam feitos, e nem todos os estados têm esse conjunto de ações”, afirmou Boni.  
 
Medicamentos
 
O presidente da Associação Ombro Amigo dos Transplantados, Osmar Ramalho, que fez parte da mesa de abertura do evento, destacou a satisfação dos usuários de medicamentos imunossupressores, usados continuamente por pessoas que receberam transplantes, quanto aos serviços ofertados pelo Centro de Atenção à Saúde de Sergipe (Case).
“Nós criamos há oito anos a associação devido à necessidade do uso contínuo do medicamento, e não podemos nos queixar de falta de atendimento do Case ou do atendimento da unidade. Nunca necessitei comprar o remédio, pois o órgão da SES nos fornece”, declarou Ramalho.

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