Saúde promove campanha de mobilização contra a sífilis na gravidez
Por Bruno Antunes, Ascom/SES
Para divulgar a importância da prevenção e eliminação da sífilis na gravidez, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da gerência do programa de combate à DST/Aids, em parceria com a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), realizou uma ação na manhã deste domingo, 27, em frente aos arcos da orla de Atalaia, na capital. Na ocasião, foram distribuídos panfletos aos pedestres e motoristas que passavam pela orla, com auxílio de agentes da Superintendência Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT). Um carro de som também circulou pelo local transmitindo informações sobre a doença e às formas de prevenção.
Somente em 2012, foram contabilizados 90 casos de bebês recém-nascidos portando sífilis congênita em maternidades do Estado. Essa variação da doença é adquirida pelo bebê no útero materno, geralmente quando a mãe é portadora da sífilis em estágio primário ou secundário. A doença no recém-nascido pode gerar uma série de deformações físicas, inclusive pode chegar à morte.
“Ainda continua acontecendo uma falha que é a gestante começar o pré-natal com quatro meses de grávida, o parceiro ainda não participa do pré-natal, casais que não usam camisinha durante a gravidez. Então a função e o objetivo dessa campanha é informar sobre a importância do pré-natal logo no início da gestação e a participação do parceiro nesse pré-natal. A doença deixa sérias sequelas”, destacou o gerente do programa de combate às DSTs/Aids da SES, Almir Santana.
De acordo com a superintendente da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), Carline Rabelo, a maternidade é referência para todo o Estado e tem um papel assistencial importante.
“A gente acredita que além do papel assistencial, a maternidade tem um papel social fundamental. Nós estamos aqui por causa disso. Precisamos sensibilizar a população para se envolver no combaté à sífilis, porque a prevalência ainda é muito alta. É importante deixar claro que a doença é previnível e tratável. Então uma medida simples como o uso de camisinha, você consegue evitar que esse bebê nasça com a doença. Caso a mulher tenha sífilis na gestação, pode ter um aborto, parto prematuro, crianças gravemente enfermas e lesão neurológica que é uma situação bem grave. Então, o papel da maternidade é de prevenção e a campanha é para isso: a prevenção principalmente na gestação”, disse.
Destaque nacional
Sergipe é destaque nacional no Plano de Eliminação da Sífilis. A apresentação do Plano Sergipe foi aprovada no Congresso Brasileiro de Prevenção à DST/Aids, a ser realizado no mês de agosto em São Paulo.
A integrante da Rede de Mulheres Soropositivas e representante do ‘Movimento de Pessoas Vivendo’, S.M.G.O, disse que ainda há muito preconceito, principalmente do homem quanto às medidas preventivas à doença.
“A importância de uma ação como essa é de mostrar para a sociedade que é preciso a prevenção. O parceiro da mulher necessariamente deve fazer o uso da camisinha. Assim, você evita tanto doenças como sífilis, quanto outras doenças sexualmente transmissíveis, inclusive que é uma porta aberta para Aids. Pessoas que têm essa preocupação de se prevenir, automaticamente têm menos possibilidade de adquirir essa doença”, ressaltou.
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