Saúde participa de evento de combate à violência sexual de Sergipe
Uma palestra sobre os crimes praticados na internet, expondo crianças e adolescentes como possíveis vítimas, deu abertura aos trabalhos desta sexta-feira, 17, na ‘Semana de Enfrentamento à Violência Sexual Contra a Criança e Adolescente 2013’, organizado pelo Ministério Público de Sergipe (MPE). O evento, realizado no auditório do órgão, contou com a presença de representante da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
O delegado Alessandro Vieira, da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), explanou que a criminalização migra cada vez mais para a internet e a violência sexual em crianças e adolescentes tem sido uma denúncia recorrente.
“Só este ano, já registramos mais de 200 casos policiais praticados na rede, e muitos deles são por conta da violência sexual. Trabalhamos junto com o Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV) e outros órgãos para tentar combater esse tipo de crime e cuidar das vítimas”.
A técnica do Núcleo de Gestão em Linhas de Cuidados da SES, Patrícia Lima, explica que não existe um tipo de mapeamento específico da violência sexual em nosso Estado, devido à maioria dos casos acontecerem dentro dos lares e não serem denunciados. Contudo, o levantamento nacional do Mapa da Violência 2012 aponta o município de Lagarto como o maior número desses casos.
“Em valores absolutos comparados com os habitantes por região, o município de Lagarto está em primeiro lugar no número de crianças vítimas de algum tipo de agressão, algo em torno de 65,7 por 100 mil habitantes, seguido por Aracaju e Nossa Senhora do Socorro. Nossa estratégia agora é capacitar os profissionais da Saúde para notificar os casos observados e trabalhar junto com o ‘Programa Saúde na Escola’ nesse enfrentamento”, afirma.
A organizadora do evento, Maria Rita Machado Figueiredo, da 8ª Promotoria de Justiça dos Direitos do Cidadão, especializada na Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, explica que essa mobilização acontece todos os anos e tem o objetivo de sensibilizar a comunidade para o problema, bem como mostrar quais as ferramentas disponibilizadas.
“A maioria dos casos de exploração e abuso sexual acontece dentro da própria casa da vítima e envolve parentes e vizinhos. Para denunciar, disponibilizamos as linhas telefônicas, totalmente sigilosas e gratuitas (o disque 100 e disque 181), podendo também realizar diretamente na Polícia e Conselhos Tutelares, além do próprio Sistema de Aviso Legal por Violência e Exploração, que pode ser feito nas Unidades de Ensino e Saúde de Sergipe”, explica a promotora.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]