[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) pactuou com os secretários municipais de Saúde das cidades sergipanas na manhã desta quarta-feira, 11, as estratégias de elaboração dos novos modelos de funcionamento da Atenção Básica e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe). Em reunião realizada no auditório do Hospital Geral João Alves Filho (HGJAF), a secretária adjunta de Estado da Saúde, Mônica Sampaio, e os coordenadores da Atenção Básica, Ana Débora Santana, e do Samu 192 Sergipe, Márcio Barretto, explicaram as propostas do Estado para oferecer mais resolutividade e qualidade nos serviços prestados à população.

De acordo com Mônica Sampaio, o processo de construção do Sistema Único de Saúde (SUS) estadual não pode ser feito com sucesso sem que haja a participação efetiva dos municípios. “O conhecimento das realidades que os gestores locais têm é fundamental para que consigamos avançar independentemente de cores partidárias”, afirmou ela, ao explicar que o secretário de Estado Rogério Carvalho não pôde estar no encontro porque está participando de audiências em Brasília.

Atenção Básica

Para a secretária adjunta, a discussão da Atenção Básica em Sergipe precisa estar focada no apoio que o Estado poderá oferecer aos municípios partir do diagnóstico que será feito pela equipe da SES. Os secretários municipais concordaram e se colocaram à disposição do Estado para iniciar o trabalho. “Uma das grandes reivindicações dos municípios era que os gestores do Estado saíssem de seus gabinetes para conhecer a realidade local. Já saímos detrás dos birôs porque só assim seremos capazes de criar soluções que correspondam de fato às necessidades de cada município”, salientou. 

Neste sábado, 14, a coordenadoria de Atenção Básica estadual vai começar, pela microrregião de Propriá, a visitar as 600 unidades de saúde municipais para avaliar detalhadamente a estrutura física e obter um panorama geral dos processos de trabalho. “Nossa intenção não é fiscalizar, mas estabelecer vínculos com os municípios para que eles ganhem autonomia a partir da definição de um plano de investimentos que melhore a parte física, as rotinas de trabalho e capacite os profissionais”, disse a coordenadora da Atenção Básica, Ana Débora Santana.

De acordo com ela, o trabalho está dividido em três eixos centrais: o diagnóstico da situação, o estabelecimento de rotinas de educação permanente e a padronização mínima de funcionamento das unidades. “Muitas vezes a palavra padrão soa como uniformização e perda de identidade própria, mas o que queremos é estabelecer conjuntamente com os municípios padrões mínimos que dialoguem com questões essenciais como a mortalidade infantil e o atendimento materno, por exemplo”, detalhou.

O projeto piloto para o diagnóstico foi realizado no dia 1º de março na cidade de Poço Verde. Na opinião do secretário de Saúde do município, Manoel Miranda, a experiência foi extremamente gratificante. “Para nós foi muito válida esta abertura até para que nossos próprios profissionais pensassem sobre o local em que atuam. Cada lugar tem suas singularidades e o Estado precisa conhecê-las para ajudar na solução de problemas porque, sozinhos, os municípios não podem fazer muita coisa”, disse. 

Samu 192 Sergipe

O coordenador do Samu 192 Sergipe, Márcio Barretto, explicou aos secretários municipais a proposta de reestruturação do Serviço que já havia sido discutida previamente com a participação do secretário Rogério Carvalho e de representantes das microrregiões de saúde do Estado. Além do incremento na frota de ambulâncias, o projeto prevê que o Estado assuma integralmente os custos com a operacionalização do Samu, treine e contrate profissionais e regionalize a distribuição das Unidades de Suporte Básico (USB) e Avançado (USA) de modo a agilizar o atendimento sem que nenhuma região fique descoberta.

“Atualmente, quando uma ambulância sai de Canindé do São Francisco e traz um paciente para Aracaju, a cidade fica pelo menos cinco horas sem a presença do Samu. O que queremos é colocar um sistema de USB regionalizado e criar com as USA um sistema que transporte as pessoas de uma região para outra ou para a capital quando necessário. Assim, o Samu não vai precisar se ausentar de nenhuma área”, esclareceu Márcio Barretto.

De acordo com ele, a regulação das chamadas de todo o Estado para o Samu é feita hoje por três profissionais. A idéia é que este atendimento seja descentralizado para que a regulação aconteça a partir da Central em Aracaju de forma que um médico seja responsável por atender apenas duas microrregiões de saúde. “À medida que as redes de integração forem se fortalecendo, teremos cada vez menos remoções. Inversamente ao que acontece hoje, o objetivo é que 80% dos casos sejam solucionados no interior e apenas 20% venham para o Hospital Geral em Aracaju”, finalizou o coordenador do Samu 192 Sergipe.

Outras questões

A secretária adjunta de Estado da Saúde, Mônica Sampaio, informou ainda que investimentos a médio e longo prazo serão feitos para ampliar os centros de Atenção Psicossocial e descentralizar o atendimento médico especializado, que hoje se concentra nos dois centros de especialidades localizados em Aracaju e Itabaiana. “Neste momento, nossa prioridade zero está sendo a Atenção Hospitalar. Estamos encerrando os contratos de terceirização e assumindo as administrações dos Hospitais Regionais para conseguir melhorar o nível do atendimento e devolver a inteligência em saúde ao Estado com uma economia significativa de recursos públicos”.

A criação das Fundações Estatais para gerenciar os Hospitais Regionais, discussão que vem sendo travada nacionalmente com a participação intensa de Sergipe, também foi apresentada na reunião pela secretária. “Esse debate vai ter seguimento com os municípios a sociedade. As fundações vão facilitar não apenas a contratação de pessoal, como a compra de medicamentos”, assegurou Mônica Sampaio.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.