Saúde monitora casos de meningite e orienta população
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) regularmente faz o levantamento dos dados de pessoas vitimadas pela meningite em Sergipe. De acordo com números recentes, em 2010 foram confirmados no Estado 63 casos de meningite com oito óbitos. Destes casos, 20 (ou 32%) foram classificados como Doença Meningocócica (DM). Em 2011, até o momento, foram confirmados 18 casos, sendo três de DM e três óbitos, um por Meningocócica (MB), um por meningite de outras etiologias e um por meningite pneumocócica.
A médica infectologista do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), Iza Lobo, alerta que a meningite é uma doença endêmica, ou seja, se difere da epidemia por ser de caráter mais contínuo e restrito a uma determinada área, e os casos têm se mantido em número regular em Sergipe. “Não existe um tipo de meningite mais perigoso. Os tipos ‘A’, ‘B’ e ‘C’ são os clássicos, mas eles têm vacina para a cura. O tipo da meningite pneumocócica talvez seja mais frequente aqui, o que não é transmissível. Enquanto a meningocócica geralmente é por surto. Não existe perigo no momento de uma epidemia de meningite”, esclarece.
Segundo a especialista, os sintomas clássicos da meningite são a febre, a cefaléia (dor de cabeça) e o vômito. “Esses são os sintomas clássicos e aí, no exame físico, se busca a rigidez da nuca, pois caso seja constatada, se configura a suspeita imediata de meningite e se deve fazer a extração do ‘líquor’ rapidamente”, explica Iza, complementando que o ‘líquor’ é um líquido existente na medula e na cabeça e sua coleta é capaz de diagnosticar o tipo de meningite.
Diagnóstico rápido é fundamental
Caso os três sintomas (febre, dor de cabeça e vômito), além da rigidez no pescoço, sejam detectados, é necessário procurar urgentemente ajuda médica. Quanto mais precoce é o diagnóstico, melhores são as chances de cura como explica a médica do Huse.
“É necessário fazer o diagnóstico imediato, então, é preciso que, após a coleta do ‘líquor’, o antibiótico seja tomado no mesmo instante. Se você retardar o início da terapia, você acaba comprometendo o diagnóstico final. A meningite meningocócica se não for tratada rapidamente, pode matar em horas, porém, ela á tratável e quando se dá o antibiótico rapidamente, a resposta é instantânea, e na maior parte das vezes, o paciente não fica com sequelas”, afirma Iza Lobo.
Contágio
O termo meningite expressa ocorrência de processo inflamatório das meninges (membranas que recobrem e protegem o cérebro e a medula espinhal). Em geral, a transmissão dos agentes bacterianos é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe, havendo a necessidade de contato íntimo (residentes da mesma casa, colega de dormitório ou alojamento) ou contato direto com as secreções respiratórias do paciente.
Indivíduos de qualquer idade são suscetíveis às meningites, entretanto, o grupo etário de maior risco para o adoecimento é o das crianças menores de cinco anos. As faixas etárias de 10 a 19 anos, e 20 a 39 são as mais acometidas. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) esteve presente nos municípios onde os casos ocorreram, e foram adotadas medidas de controle para evitar a disseminação de novos casos da doença.
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