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Iniciou-se nesta segunda-feira, 7, a capacitação sobre Tratamento Diretamente Observado (TDO) em tuberculose e coinfecção TB/HIV. O encontro ocorreu no auditório do Hemose e reuniu profissionais de enfermagem de Equipes de Saúde da Família (ESF).

A capacitação é promovida pelo Governo do Estado de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com a Fundação Estadual de Saúde (Funesa), e visa capacitar os profissionais de enfermagem que trabalham nas Equipes de Saúde da Família (ESF) de todos os municipios sergipanos, perfazendo um total de cerca de 335 pessoas qualificadas. O curso faz parte da política de educação permanente para os trabalhadores do SUS.

O objetivo da capacitação é aumentar o Tratamento Diretamente Observado (TDO) da tuberculose e diminuir o número de abandonos do tratamento. Sergipe, conforme a coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose da SES, Maria Heide Ribeiro Mesquita, possui cerca de 600 casos notificados da doença e ocupa o segundo lugar no país em número de desistências. “O percentual de abandono no Estado está ao redor de 10%, enquanto o parâmetro nacional seria de 5%”, informou.

De acordo com Maria Heide, o Plano Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde recomenda que o TDO seja utilizado como forma de diminuir o número de pacientes que abandonam o tratamento. “Nós temos um percentual de TDO no Estado em torno de 45%, e isso é muito pouco em relação à cobertura de Saúde da Família que nós temos”, comparou.

Para a coordenadora da ESF de Barra dos Coqueiros, Renata Chagas, a capacitação é importante para atualização de procedimentos. “Nós já iniciamos a mudança na conduta da equipe. Antes, estávamos acostumados a somente tratar os doentes, agora estamos começando a busca ativa de pacientes com o foco na prevenção e diagnóstico precoce”, apontou.

Tratamento

Para ser efetivo, o tratamento da tuberculose tem a duração de seis meses. A distribuição de medicamentos é gratuita na rede de saúde pública. “Logo nos primeiros dois meses, o paciente já se sente bem melhor e a tendência, se ele não for acompanhado, é de que ele ache que já está curado e abandone o uso de medicamentos”, observou o médico infectologista da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SES, Marco Aurélio Góes.

A tuberculose, conforme o médico, atinge as camadas mais vulneráveis da população. “A doença tem sido, atualmente, a principal causa de morte em pacientes com HIV e o HIV tem sido um grande fator de risco para que uma pessoa possa ter a tuberculose”, explicou. O infectologista alerta que todo paciente que tiver diagnóstico de tuberculose deve fazer o teste de HIV. “Talvez a tuberculose seja a chance de descobrir e tratar o HIV também”, aconselhou.
Além disso, o diagnóstico precoce e o tratamento encerra o ciclo de transmissão da doença. “Essas ações melhoram a vida do paciente e diminuem a transmissão na comunidade”, reforçou Góes.

A tuberculose

É uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria (Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch) que afeta principalmente os pulmões, mas, também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).

A transmissão é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas por outro indivíduo contaminando-o. Somente 5% a 10% dos infectados pelo Bacilo de Koch adquirem a doença. Pessoas com Aids, diabetes, insuficiência renal crônica (IRA), desnutridas, idosos doentes, alcoólatras, viciados em drogas e fumantes são mais propensos a contrair a tuberculose.

Na maioria dos infectados, os sinais e sintomas mais frequentemente descritos são tosse seca contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite; palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza; e prostração.

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