Saúde estende acesso a preservativos nos centros de assistência social

As unidades básicas de saúde, a partir de agora, já não serão as únicas a disponibilizarem, rotineiramente, preservativos masculinos e femininos. A população dos municípios sergipanos também terá acesso às camisinhas nos Centros de Referência em Assistência Social (Cras). A ação é resultado da parceria firmada entre o Programa Estadual de DST/Aids e as secretarias municipais de Assistência Social.

A discussão aconteceu nesta terça-feira, 22, por intermédio da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seides), que reuniu os gestores municipais da área e abriu espaço para que o gerente do Programa Estadual de DST/Aids, Almir Santana, fizesse uma explanação sobre o assunto. Na ocasião, ele justificou a necessidade de ampliação do acesso aos preservativos.

“A ideia é facilitar para todas as pessoas esse acesso, pois algumas unidades básicas de saúde estão burocratizando a entrega das camisinhas, exigindo, por exemplo, a carteira de identidade e o cartão do SUS, considerados desnecessários para o procedimento”, explicou Almir Santana, destacando o apoio da Seides, que entrou na luta pela disponibilização dos preservativos nos CRAS dos municípios.

Na reunião, onde os secretários municipais de Assistência Social se manifestaram a favor da medida, ficou acertado que o centro de referência vai procurar a secretaria de Saúde do município para adquirir os preservativos. “A nós do Estado, caberá aumentar a cota de camisinhas que disponibilizamos às secretarias”, afirmou Almir Santana, sugerindo ainda que haja uma maior integração entre a Saúde e a Assistência Social nos municípios.

Foi ainda sugerido que os CRAS se interessem pela campanha para detecção do vírus HIV, através do teste rápido. “Essas unidades atendem muitas mulheres do Programa Bolsa Família, então, aquelas que desejarem, podemos realizar a campanha no local. Mas, a disponibilização do exame será somente uma ação pontual, ou seja, não se tornará permanente”, explicou o técnico da SES.