[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reuniu a imprensa nesta terça-feira, 7, para esclarecer à população sobre o surto localizado de Meningite em Aracaju, Areia Branca e São Cristovão, ocorrido no final do mês de janeiro e começo de fevereiro de 2012. No período, foram notificados 11 casos da Doença Meningocócica (DM), sendo quatro casos residentes no município de Aracaju, quatro em Areia Branca e três em São Cristóvão.

Confira o áudio das declarações do secretário:


O surto, que é um aumento brusco de casos inesperados, ocorrido nos municípios, já está sob controle da Vigilância Epidemiológica da SES, que está fazendo a busca de pessoas que tiveram contato com os pacientes diagnosticados de Meningite, e medicando os casos que devem receber o tratamento, mesmo àqueles que não apresentem sintomas da doença e, assim, evitar o surgimento de novos casos.

O secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Guimarães, esclareceu que o surto é motivo de preocupação, mas não há razão para pânico da população. “Qualquer sintoma sugestivo de um quadro infeccioso é importante que seja avaliado por um profissional médico, porém sem motivo de pânico. Não existe nenhum lugar no mundo que consiga evitar um surto da ocorrência de Meningite, mas nós temos que ter o sistema de vigilância epidemiológica muito bem organizado para, na ocorrência do caso, fazer as ações de bloqueio e evitar que isso progrida”, disse Guimarães.

Meningite

A Meningite é uma doença endêmica no Brasil e existem três tipos dela: A, B e C, que são inflamações das meninges, membranas que recobrem e protegem o cérebro e a medula espinhal, causadas por bactérias, vírus e fungos ou agentes não infecciosos, como trauma e medicamentos. A Doença Meningocócica (DM), tipo C, é a que mais tem possibilidade de gerar surtos e pânico na população.

Os principais sintomas da doença são dores de cabeça intensa, vômito em jato, síndrome febril, dor abdominal, manchas vermelhas no corpo e rigidez na nuca e em crianças menores de um ano a irritabilidade excessiva pode ser sinal de presença da Meningite. De acordo com o médico infectologista da SES, Marco Aurélio Goés, em caso de identificação de alguns dos sintomas, a pessoa deve procurar imediatamente uma unidade de saúde. “Para prevenção da doença é preciso evitar aglomeração em ambientes fechados, evitar contato direto e a exposição às gotículas de saliva do doente e manter os ambientes domiciliares, escolares e ocupacionais bem ventilados”, explicou o técnico.

Profilaxia

Ainda de acordo com Marco Aurélio, a profilaxia (indicação de tratamento) utilizada para conter o avanço da doença é feito através de antibiótico para que não haja casos secundários da doença. “As pessoas que tiveram contato íntimo com os pacientes diagnosticados com Meningite deverão tomar o antibiótico rifampicina para evitar que não haja casos secundários, o que não houve no atual surto”, disse o médico infectologista. Mas o fato de ser vizinho da casa onde houve algum caso de Meningite, não é razão para aplicar remédio. Só devem tomar o antibiótico quem teve contato bem próximo ao doente.

Para ele, a vacina não é indicada para a atual situação de surto. “A vacina não surte efeito imediato, uma vez que ela começa agir de duas a três semanas após a pessoa receber a dose. Posteriormente observa-se se está tendo um aumento no número de casos para que justifique a vacinação da população”, esclareceu.

A Vigilância Epidemiológica vai continuar fazendo o monitoramento através da notificação que os profissionais de saúde da rede pública e privada possam fazer se houver mais casos suspeitos de meningite.

Rede assistencial

O secretário de Saúde afirmou que toda rede de assistência à saúde, seja ela pública ou privada, está preparada para ao menos suspeitar de casos de Meningite e realizar a devida notificação. “Todo e qualquer consultório médico seja nas Clínicas de Saúde da Família, Unidades de Pronto Atendimento, Pronto Socorro de Hospitais Regional e consultórios privados têm condições de suspeitar e nesse aspecto cabe a consciência do profissional no sentido de levantar as hipóteses diagnósticas, além disso, fazer a orientação adequada aos familiares e buscar levantar de imediato as pessoas que tiveram contato íntimo e prolongado com pacientes para fazer a notificação no Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde. Esse papel que o profissional da saúde tem é imprescindível nesse momento”, disse Antônio Carlos.

Dúvidas e notificações

Para esclarecer dúvidas sobre a Meningite, a Secretaria de Estado da Saúde disponibilizou o número 0800-286300 da Ouvidoria para que a população possa entrar em contato. Já a notificação dos casos, realizadas pelos profissionais de saúde, podem ser feitas no Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), da Vigilância Epidemiológica pelo número 0800 -2822822.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.