Saúde discute proteção contra substâncias tóxicas
Na manhã desta terça-feira, 2, profissionais da Secretaria de Estado da Saúde (SES) estiveram reunidos para iniciar a elaboração do programa estadual de Vigilância à Saúde de Populações Expostas a Substâncias Tóxicas. Participaram da atividade gerentes e coordenadores das Vigilâncias Sanitária e Epidemiológica da Secretaria, do Laboratório Central Parreiras Horta (Lacen) e do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox).
De acordo João de Deus, gerente de Saúde do Trabalhador da Vigilância Sanitária estadual, o objetivo é construir uma proposta integrada de ações para reforçar a proteção contra substâncias que podem causar intoxicações crônicas e agudas, problemas hematológicos e até câncer. "É um trabalho que não pode se resumir apenas ao apoio diagnóstico. Deve abranger ações educativas, monitoramento das áreas potencialmente contaminadas e a produção do cuidado às populações que estão expostas a essas substâncias, direta ou indiretamente", explicou o gerente.
João de Deus disse que reuniões isoladas vêm acontecendo desde o mês de julho, mas este é o primeiro encontro de todo o grupo. "Estamos discutindo o problema no coletivo para definir estratégias de enfretamento. A integração entre setores é determinante para fortalecer nossa atuação. Isso deve se estender também a outros órgãos do Governo, a exemplo das secretarias de Agricultura e Meio Ambiente, Deagro, entre outros, que também colaboram com ações de promoção à saúde", afirmou.
A gerente de Zoonoses da Secretaria, Sidney Sá, destacou que a iniciativa é inédita e, depois de implementada, deve trazer resultados excelentes. "No que se refere à Vigilância Epidemiológica, em especial, esse trabalho vai beneficiar bastante os agentes de endemias, profissionais que manipulam produtos químicos como inseticidas e larvicidas. Existem quase dois mil agentes de endemias em todo o Estado. Alguns desconhecem os riscos aos quais estão sujeitos, além disso, muitos municípios não mantêm uma rotina de exames para esses profissionais", frisou Sidney.
Segundo a gerente de Produtos e Ambiente do Lacen, Ivina Rocha, o trabalho coeso e integrado dos setores vai permitir maior abrangência dos serviços. "Estamos fazendo um levantamento da capacidade instalada dessas gerências e coordenações. Cada um, individualmente, presta relevantes serviços à sociedade. Juntos, poderemos ampliar nossa atuação e, conseqüentemente, a proteção contra essas substâncias tóxicas", acrescentou a gerente.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Saúde discute proteção contra substâncias tóxicas – Foto: Márcio Garcez/Saúde