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Com um olhar diferente sobre o local em que vivem, os usuários do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Renato Bispo, no município de Itabaiana, estavam eufóricos na quarta-feira, 10, com a exposição de fotos tiradas por eles mesmos, ao passear pela cidade. O projeto, intitulado de Fotografia Durante a Caminhada teve início em março deste ano e foi idealizado pela professora de educação física Priscila Líria e a auxiliar Ilai Cruz, ambas funcionárias do CAPS.

As fotos foram montadas ao redor de uma escultura na Praça João Pessoa e como às quartas-feiras é dia de feira livre em Itabaiana, muitas pessoas que passavam pelo local ficaram curiosas ao olhar a exposição. De acordo com Priscila Líria, a ideia do projeto surgiu em 2011, após a participação em um Congresso de Saúde Mental, em Fortaleza.

Eu vi uma mostra de fotografia, mas, neste caso, os profissionais do CAPS que tiraram a foto dos usuários e tivemos a ideia de fazer o inverso. Nós temos um grupo de caminhada, que é a forma que utilizamos para promover a atividade física para os usuários, então nós pegamos a máquina fotográfica que tem na unidade e demos para eles registrarem o que eles olham durante a caminhada, comenta.

Para o usuário, Isac Teles de Mendonça, a fotografia é uma forma de mostrar para a população a capacidade que eles têm. “A exposição é importante porque as pessoas aqui da cidade passam a nos enxergar. E também podemos ver a cidade de Itabaiana, as casas e o comércio e isso é uma coisa que nos anima, aponta.

Há um ano, os usuários Luis Carlos da Silva Santos e Tamires de Jesus começaram a namorar e ficaram noivos. Eles contam que se conheceram no CAPS e têm nas caminhadas com fotografia, a atividade favorita. “Eu acho bonito a gente tirar as fotos, ando pela cidade e tiro muitas fotos, inclusive já tirei da minha noiva, diverte-se Luis Carlos.
Na próxima semana, a exposição das fotos será realizada na biblioteca pública da cidade. Segundo a auxiliar do CAPS, Ilai Cruz, a iniciativa vem surtindo efeito entre os usuários.

Eles se sentem capazes e está dando um efeito muito bom. Diversos usuários já participaram, não é uma oficina fechada e acontece à tarde nas segundas-feiras, então qualquer um pode se juntar ao grupo e essa inclusão é muito importante”, pondera.

Para o apoiador de Atenção Psicossocial da Secretaria de Estado da Saúde (SES), José Augusto, os projetos de inclusão com os usuários do CAPS melhoram a qualidade de vida das pessoas.

A pessoa com transtorno mental pode produzir e é importante que as pessoas vejam isso. Por isso, nós damos todo o apoio institucional e monitoramos a implantação e execução dos trabalhos e projetos nos CAPS. É muito importante que um projeto como esse tenha visibilidade, destaca.

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