[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

Para garantir um bom suporte aos visitantes dos pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) montou a Sala de Espera Integrada. A iniciativa, coordenada pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT/Humanização), atua na orientação, auxílio e promoção de atividades, como técnicas de alongamento, palestras, relaxamento, meditação, musicoterapia e acolhimento. Essas ações norteiam a Política Nacional de Humanização do Sistema Único de Saúde (PNH/SUS). 

Cerca de 40 visitantes permanecem na Sala de Espera Integrada diariamente, sendo que cada paciente pode ser beneficiado com a presença de até dois familiares e/ou amigos que têm acesso à UTI do Huse em dois momentos, às 11h30 e às 16h30, cada um com direito a 15 minutos de permanência na sala.. De acordo com a técnica de enfermagem e fisioterapeuta Janeide Muniz Moura, o zelo para com o visitante implica em capacitá-lo para acompanhar e auxiliar o paciente.

“No espaço que compreende a área externa da UTI do Huse, seis técnicos de enfermagem atuam em sistema de revezamento para acolher e transmitir informações diversas. O fisioterapeuta destaca  aspectos como manobras com o paciente, transferências com uso de cadeiras de rodas e auxílio para realização de exercícios. Além disso, mudança de decúbito (posição), higienização das mãos e arrumação de leito para acomodação do paciente e outras orientações de enfermagem se fazem conhecidas”, declarou Janeide Muniz.

De acordo com a gerontóloga, pedagoga e especialista em Gestão em Saúde Pública e da Família, Ilza Conceição Oliveira, os bons resultados obtidos apontam para a ampliação do projeto, que também passou a ser desenvolvido na Unidade Intensiva de Pacientes Críticos (UIPC/Huse), cujo horário de visita é das 16h às 17h, com a presença de até dois visitantes, cada um com direito a meia hora de permanência.

“Ao considerarmos os conflitos vividos pelos que aguardam a saída de um ente querido de uma UTI, entendemos melhor o quanto eles se sentem desamparados e limitados. Daí o nosso empenho em estreitar as relações mantidas entre os mesmos e a equipe multiprofissional de plantão no hospital. Assim, eles não só entendem os procedimentos realizados, como também se sentam mais confortados e transmitem maior segurança para o paciente”, ressaltou Ilza, ao garantir a obtenção de bons resultados, a exemplo do avanço do quadro clínico da maior parte dos pacientes.

A intenção de munir o visitante de informações precisas acerca da plena recuperação do paciente perpassa pela necessidade de torná-lo apto a identificar suas reais necessidades. “Quando o paciente abandona as atividades que lhe davam prazer, demonstra alterações físicas ou no humor, modifica o padrão do sono e apresenta sinais de depressão, o cuidador deve fazer uso de algumas estratégias, entre elas, sugerir atividades que promovam a interação com o enfermo, realizar atividade física, ofertar carinho e palavras de ternura, bem como solicitar a família outro cuidador ou revezar com outra pessoa qualificada, caso haja necessidade”, pontuou a gerontóloga.

Satisfeita com a atenção dispensada pelos técnicos de enfermagem inseridos no projeto, a manicure Célia Mota Bispo confessa que quando chegou à UTI, após o internamento da sogra, o único sentimento que prevalecia era o medo. Ao contrair o diabetes, Odete Araújo Mota, 79 anos, foi submetida a uma cirurgia de amputação e chegou a apresentar dificuldades respiratórias.

“Para mim, o acesso e a permanência do paciente numa UTI eram sinônimos de falecimento, até que fui surpreendida com a receptividade de uma técnica de enfermagem disposta a realizar sessões de alongamento e fisioterapia através do projeto. Pude também entender melhor os procedimentos médicos e interceder por minha sogra na companhia dos demais visitantes, o que me trouxe a paz e a vontade de estar firme para ajudar na recuperação. Sem dúvida, a sala é um pedacinho do céu”, descreveu Célia.

Participação coletiva

Após 13 dias de sedação em decorrência de um acidente de trânsito, a jovem Isabel Santos do Carmo pôde interagir com o pai, que se recuperava de algumas fraturas e de alterações no funcionamento dos rins e de outros órgãos.

“Enfrentamos com muita dificuldade o fato de não termos acesso ao nosso pai, em função do estado em que ele permanecia na UTI do Huse. Sem medir esforços, os técnicos de enfermagem do projeto Sala de Espera Integrada nos fizeram entender o motivo e permaneceram ao nosso lado quando nos eram chegadas as primeiras informações. Posso declarar, agradecidamente, que hoje o projeto tem a nossa família como integrante e auxiliadora, a fim de que outros visitantes também recebam o mesmo cuidado que hoje desfrutamos”, garantiu Isabel Santos.

Sala de Espera Integrada

O projeto Sala de Espera Integrada acontece na área externa da UTI do Huse de segunda a sexta-feira, a partir das 16h, com atividades diversificadas, além de orientações sobre os serviços de saúde prestados no hospital e aplicação de questionário para obtenção de pareceres dos visitantes. A cada seis meses, um relatório é elaborado e apresentado ao NAT/Humanização, para que o trabalho seja aperfeiçoado e satisfaça cada vez mais os anseios dos participantes.

A Sala de Espera Integrada caracteriza-se como um espaço acolhedor, especialmente decorado para promover o bem estar dos familiares e/ou amigos dos usuários dos SUS internados na UTI do Huse. No local, também são disponibilizados materiais para leitura e outros recursos que favorecem o conforto dos que aguardam o momento da visita ou o parecer médico transmitido diariamente.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.