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Os secretários Paulo Viana da Agricultura e José Macedo Sobral, do Trabalho, estiveram na quarta-feira, 19, visitando um pasto rotativo do produtor rural Gadston Silveira, no povoado Tijuco, município de Gararu, sertão sergipano. Em 1,7 hectares, de uma área de um total de 500 tarefas esta´sendo desenvolvido aquele sistema rotacional, denominado em São Paulo de Projeto Balde Cheio, que já está sendo desenvolvido em Tobias Barreto, no projeto hidroagrícola do Jabiberi, assistido pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).

Para o secretário José Macedo Sobral, que em fevereiro assume a Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), o que vem sendo feito envolvendo o projeto Balde Cheio traduz um programa de Desenvolvimento do Governo de Sergipe que trouxe a tecnologia aplicada em São Paulo para o Estado, disponibilizando-a através dos técnicos da Cohidro e da Emdagro para os pequenos produtores rurais. !A minha avaliação é positiva, pois revela-se um projeto exitoso, voltado para a agricultura familiar, alvo prioritário da política agrícola estadual. É muito bom saber que o Estado de Sergipe está apto, pelo número de criadores envolvidos, a disse,minar essa prática, o que redundará num incremento significativo para o desenvolvimento da pecuária leiteira em pequenas unidades agrícolas”.

Para o atual secretário de Agricultura, Paulo Viana, “esse é um trabalho iniciado no Estado de Sergipe há cerca de três anos, que é o pastejo rotativo, conhecido nacionalmente como o projeto balde cheio, e que trouxemos do Estado de São Paulo em decorrência da necessidade de racionalizar o uso da água no perímetro irrigado do Jabiberibe, em Tobias Barreto, coordenado pela Cohidro. Começamos lá no ano de 2008 e hoje é uma realidade, aonde a Emdagro vem transferindo essa tecnologia para outros municípios sergipano. E aqui em Gararu é uma realidade que serviraá de multiplicador, sendo realmente um dos pontos positivos em razão da nossa disponibilidade de água em alguns municípios, onde pequenas propriedades são as responsáveis pela produção de leite, projetando-se assim forte contribuição para que se consiga ainda mais elevar o nível de produção estadual”..

Paulo Viana acrescentou que Hoje, já foi ultrapassada a produção de 1.800 litros de leite por dia e com a implantação de novas unidades agroindustriais, de novos laticínios no Estado, se houver realmente uma organização dos produtores de leite, negociando preço com setor agroindustrial, com certeza esse projeto vai contribuir de forma decisiva para alavancar ainda mais a produção de leite em Sergipe. Ele lembrou que atualmente, o Estado é o quinto produtor de leite em nível regional e que é possível bater novos índices de produção dependendo, evidentemente, dos preços recebidos pelos produtores, que os estimulem a fazer inversões dessa natureza. O que verificamos in loco confirma a possibilidade com sucesso da transferir dessa tecnologia de São Paulo para Sergipe!, concluiu..

Manejo de pastagens

O manejo correto das pastagens é fundamental para qualquer sistema de criação de bovinos a pasto. Em pastagens bem manejadas, as forrageiras normalmente apresentam crescimento mais vigoroso, protegem melhor o solo e conseguem competir de forma mais vantajosa com as plantas invasoras, resultando em menor gasto com limpeza e manutenção das pastagens. E para otimizar esse manejo o produtor rural Gadston Silveira, do Povoado Tijuco, município de Gararú, vem implantando em sua propriedade as práticas do pastejo rotacionado, o que lhe garante um aumento na sua produção leiteira.

Segundo o produtor, a técnica foi apresentada pelo Coordenador da Bacia Leiteira do Alto e Médio Sertão da Emdagro, Carlos Augusto Pereira da Silva, que na ocasião o aconselhou a disponibilizar pouco mais que 1,7 hectares de sua propriedade, de um total de 500 tarefas, para o início do projeto. “Foi o Dr. Carlos Augusto que me orientou nessa prática de pastejo rotacionado, aonde nesses 1,7 ha. eu venho colocando minhas 17 vacas que consomem o capim plantado em 24 piquetes”, diz.

Gadston disse ainda que, apesar do pouco tempo de implantado, já sente os efeitos que o projeto apresenta. “Eu comecei esse projeto em outubro de 2010 e venho observando o quanto estou sendo beneficiado. Para se ter uma ideia, eu tenho 17 vacas aqui no pastejo rotacionado e outras 17 no coxo, àquelas eu não tenho problema nenhum porque elas se alimentam por conta própria. Já as do coxo, eu ainda tenho que alimentá-las com ração o que aumenta e muito meu custo de produção”, justifica.

O criador explica ainda que além de reduzir o custo com a produção das vacas do pastejo, ele ainda vem obtendo bons resultados na produção de leite. Segundo explica, sem o uso intensivo da terra, as vacas produziam 10 litros de leite por dia tendo como alimentação a ração. Já utilizando as práticas é possível obter 14,3 litros de leite/dia, um aumento considerável para uma região seca como é o sertão sergipano. “O que mudou é que as vacas hoje estão aí de barriga cheia, descansando embaixo da sobra sem a gente está se preocupando com a alimentação, a mão-de-obra com a alimentação diminuiu, a quantidade do leite aumentou, com menos despesas, o que é importante, enfim, melhorou tudo”, comemora Gadston, acrescentando que já está preparando uma outra área para ampliar o projeto e, assim, colocar mais vacas nesse sistema de manejo de pastagem.

O pastejo

No sistema de pastejo rotacionado, as áreas são divididas em piquetes que são submetidos a períodos alternados de pastejo e descanso. Neste método de pastejo, após a ocupação de cada piquete, por um período de tempo variável de alguns dias, quando sua vegetação é desfolhada total ou parcialmente, o piquete permanece em descanso, sem a presença dos animais, para a recuperação de sua folhagem, completando o ciclo de pastejo.

Segundo o Coordenador da Bacia Leiteira da Emdagro, Carlos Augusto Pereira da Silva, “a grande vantagem deste método de pastejo é intensificar o uso da terra, oferecendo ao gado pasto da melhor qualidade, no ponto exato de consumo”. Segundo ele, o sistema permite definir quando e por quanto tempo as plantas estarão sujeitas à desfolha, os pastejos tendem a ser mais uniformes e a eficiência de pastejo mais elevada. “A montagem de um sistema de pastejo rotacionado pode ser feita aproveitando as divisões já existentes ou “redividindo” os pastos. As divisões dos pastos ou piquetes devem ser feitas com cercas elétricas, uma vez que, o custo de implantação é cerca de quatro vezes mais baixo quando comparado com o custo da implantação de cercas convencionais”, explica o coordenador.

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