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Uma reunião envolvendo gestores e técnicos das Secretarias de Estado da Saúde (SES); Inclusão, Assistência e Desenvolvimento Social (Seides); Educação (Seed); Segurança Pública (SSP); de Políticas para as Mulheres; Turismo e Secretaria de Direitos Humanos, tratou da integração da Rede de  Enfrentamento à Violência em Sergipe. O encontro aconteceu na manhã desta sexta-feira, 23, na SES. O grupo faz parte do comitê gestor de enfretamento que já vem realizando discussões desde o ano passado com mais de 10 secretarias estaduais.

De acordo com o diretor de Atenção Integral à Saúde da SES, David Souza, que coordenou a reunião, as mulheres, crianças e adolescentes vítimas de violência são prioridade na política do Governo do Estado, e o objetivo é que haja uma resposta integrada para quem está em situação vulnerável. 

“Por mais que seja dado o cuidado pela Saúde, pela Segurança através do atendimento nas delegacias, pela Inclusão Social através do atendimento nos CRAS, a gente fica pouco efetivo se esse atendimento não for integrado. Então o objetivo dessa reunião foi para a construção da Linha de Cuidado da Atenção à Mulher e Criança Vítimas de Violência em Sergipe. Nessa discussão, está incluso a construção de um espaço, onde essa mulher possa entrar e ser atendida por uma equipe de Saúde, ao mesmo tempo em que em seguida  seja submetida a um exame que mostre que ela foi submetida a uma violência. Ou seja, é um esforço coletivo de várias secretarias”, destacou.

Fluxo inverso

Para a delegada Taís Santiago que é diretora da Delegacia de Grupos Vulneráveis, o caminho através da DAGV – Delegacia de Apoio a Grupos Vulneráveis, é o mais utilizado, por ser o mais conhecido. “A vítima assim que chega à delegacia, tem registrada a ocorrência, então ela é atendida por uma das delegadas de polícia responsável, seja da criança ou da mulher. No caso de violência física, sexual, há a necessidade do exame de corpo de delito, então essas vítimas são encaminhadas ao Instituto Médico Legal (IML) e de lá são direcionadas à Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, que tem um serviço especializado. Porém, toda nessa trajetória, a pessoa vitimizada, passa por um constrangimento, de ter que explicar diversas vezes o seu problema”, apontou.

A coordenadora do Atendimento à Vítimas da Violência da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), Janua Almeida, comentou que o ideal é concentrar o atendimento em um só local. “O fluxo atualmente é de a vítima ir à delegacia, onde faz o boletim de ocorrência e depois ela vai ao IML. Estamos buscando o atendimento ideal para essas vítimas, para que cheguem na Maternidade e lá façam justamente a perícia do IML. O que espermas é que as vítimas cheguem em até 72 horas do ocorrido, porque assim é possível fazer toda a prevenção da gravidez, da violência e de problemas de saúde que elas possam ter”, ponderou.

Programa de Governo

Segundo Luis Cláudio Barreto Soares, que é referência na área técnica de Vigilância, Atenção e Prevenção de Violências e Acidentes e Promoção da Equidade da SES, a proposta do governo de articular todas as secretarias vem num momento muito importante pela própria natureza da violência.

“A violência é causada por diversos fatores, e por isso, tem a necessidade de ações e intervenções interseroriais que automaticamente para a sua solução, é extremamente importante. Essa articulação das diversas secretarias do governo, através do grupo gestor de enfrentamento à violência, tem como foco à  necessidade de estruturação dessa rede de atenção e enfrentamento à violência no Estado. Isso irá gerar frutos muito importantes para a sociedade de uma maneira geral e para as pessoas que vivem aqui em Sergipe e que são vítimas de violência sexual”, disse.

A gestora da Seides, Cláudia Cardoso, disse que dentro da Inclusão Social é disponibilizada uma estrutura com 36 Centros especializados no Estado que estão distribuídos em 32 municípios, além disso, os municípios que não têm o Centro Especializado pode utilizar o Centro de Referência da Assistência (CRAS).

“No CRAS, também é feito o primeiro acolhimento, encaminhando para a rede e os serviços que forem específicos para esse tipo de violação. Temos assistentes sociais, psicólogos e estamos com a previsão de uma assessoria jurídica. A Seides, em avaliação com toda a rede, analisa que há um serviço em todo o Estado que funciona, mas que necessita que esteja mais articulado, mais definido e uma comunicação sistemática e mais estreita com outras pastas. A idéia é que esse comitê gestor funcione e contribua para  que essa articulação funcione na prática”, finalizou.

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