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Cerca de 70 meteorologistas da região Nordeste, representantes da Agência Nacional de Águas (ANA) e Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) estão participando da VI Reunião de Análise e Previsão Climática para o Setor Leste do Nordeste do Brasil, aberta na manhã desta segunda-feira, 16, pelo secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Genival Nunes. A reunião, que prosseguirá até essa terça-feira, 17, irá resultar na montagem e divulgação da previsão do tempo para o trimestre de junho a agosto deste ano.

Durante evento, que aconteceu no auditório da Codevasf, o secretário Genival Nunes destacou os investimentos feitos pelo Governo do Estado na área meteorológica. Ele ressaltou que com o fortalecimento da Rede Hidrometeorológica de Sergipe, aliado à criação da nova Sala de Situação de Monitoramento Hidrometereológico da Semarh, junto a implantação do Sistema Nacional de Prevenção e Desastres Naturais do Ministério de Ciência e Tecnologia, haverá maior eficiência na previsão climática local.

“A estrutura irá beneficiar a população sergipana, e muitos setores produtivos dependem da previsão climática para a gestão de vários segmentos como agricultura, pecuária e indústria”, disse, se referindo aos desastres naturais ocorridos em algumas localidades em Sergipe pelas chuvas e que o maior vilão foi a ocupação irregular do solo.

Na reunião, o secretário de Políticas e Programas de Pesquisas e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Carlos Afonso Nobre, destacou a importância das reuniões climáticas que são realizadas em toda às regiões do Brasil. “As reuniões promovem um diálogo inteligente entre os atores que preparam a previsão do tempo. Essa transmissão da comunicação inerente à previsão é repassada a todos os públicos. Muitos utilizam o serviço de meteorologia sem se dar conta disso”, observa.

Quanto a existência de mortes geradas pelos desastres naturais, Carlos Nobre destacou as ocorrência no Brasil. “Não temos terremotos nem tsunames no Brasil. Entretanto, o número de acidentes por desastres naturais é bastante alto”, revela.

“O Governo Federal traz a proposta de criar o Sistema Nacional de Prevenção e Alerta de Desastres Naturais, através da contribuição dos Centros Estaduais de Meteorologia. A consolidação do sistema servirá como uma ferramenta científica e tecnológica para enfrentar a ocorrência de acidentes por desastres naturais”, enfatizou o secretário do MCT.

Citando um dos maiores desastres naturais no país, Carlos Nobre lembrou da ocorrência de um fatídico causado pela seca no século XIX, no Estado do Ceará. “À época, cerca de 20% da população morreu de fome. Os desastres ainda continuam a ocorrer. Nos últimos cinco anos, foram dezenas de inundações e desmoronamentos. Um fato recente foi o da região Serrana, no Rio de Janeiro. Daí porque a importância da previsão do tempo para dias muito distantes”, declarou Carlos Afonso.

“A montagem da previsão é calculada a partir de modelos numéricos com base em cálculos físicos e de acordo com a evolução atmosférica. Porém, ainda assim, há limitações dentro da previsão climática. Perceber a chegada de uma frente fria, ondas de leste e temperatura para uma distância de três a cinco dias, permite uma leitura eficiente, possível. Já uma previsão para daqui a 20 dias, é uma situação difícil para qualquer centro meteorológico avaliar pontualmente, pois a atmosfera é dinâmica, está sempre em movimento, não permitindo dados pontuais para uma previsão mais distante. O que pode-se fazer é uma previsão em cima de dados estatísticos”, comenta.

Desastres Naturais

Carlos Nobre atribui a ocorrência dos desastres naturais a três fatores primordiais: à impermeabilização do solo; o uso da terra; e aos fenômenos climáticos. Segundo exemplificou, no século XX, grande parte da população migrou para as cidades. “A maior população do Brasil é urbana e, a exposição de acidentes por desastres naturais é subjacente”, justificando os fatores ao crescimento populacional urbano.

O Ministério da Ciência e Tecnologia, junto a outros órgãos federais, está em processo de consolidação do Sistema Nacional de Prevenção e Alerta de Desastres Naturais. Segundo o secretário do MCT, a sede do sistema nacional (Centro Meteorológico) será instalada em Cachoeira Paulista, por o Instituto Nacional de Ciências Espaciais (Inpe) e o Centro de  Previsão do tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) estarem mais próximos e, assim, facilitar a comunicação entre órgão afins. Ele convidou os meteorologistas de diversas partes do Brasil, presentes nesta VI reunião, a darem sugestões na funcionabilidade do sistema.

Defesa Civil

Para secretário executivo da Defesa Civil do Estado, major Gilfran Mateus, a meteorologia é imprescindível para a prevenção de acidentes por ocorrência de desastres naturais. Ele lembrou que em abril do ano passado, um alerta emitido pelo Centro de Meteorologia da Semarh cinco meses antes da chegada das fortes chuvas preveniu a ocorrência de morte em algumas regiões do Estado próximas a rios.

A reunião entre os meteorologistas contou ainda com uma breve apresentação sobre a Rede de Monitoramento Hidrometeorológico de Sergipe e do Projeto de Sala de Situação da Semarh, apresentados pelo meteorologista da Semarh, Overland Amaral, e o diretor de Administração e Controle dos Recursos Hídricos da Semarh, João Carlos Santos da Rocha.

Participantes

Participaram da abertura da VI Reunião de Análise e Previsão Climática para o Setor Leste do Nordeste do Brasil, o presidente da Codevasf, Paulo Viana, o superintendente de Recursos Hídricos da Semarh, Ailton Rocha, o deputado federal, Márcio Macêdo, e o superintendente da Agência Nacional de Águas(Ana), Eurides Oliveira.

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