[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Que o leite materno é o melhor alimento para o bebê não resta dúvida. Ele é rico em vitaminas e fatores de proteção, diminui os índices de infecções e mortalidade infantil, dentre outros benefícios. Para que a amamentação seja praticada com resultados positivos tanto para a criança quanto para a mãe, é importante que a mulher receba o apoio de todos os que fazem parte do seu convívio, como a família, os vizinhos, os amigos, colegas de trabalho e profissionais de saúde.

A afirmação é da gerente do Banco de Leite, Hélia Karla Agapito, seguindo o tema da XVII Semana Mundial da Amamentação, que acontece até o dia 7 de agosto em 120 países. Para ela, que trabalha com a captação do leite materno, esse é momento ideal de conscientizar toda a população sobre a importância do apoio e participação da sociedade em favor do aleitamento materno.

"O apoio de todos forma uma espécie de rede que acaba influenciando na decisão da mulher-mãe em amamentar. Por isso é importante que todos acolham essa mulher, passem segurança e facilitem a vida dela, para que se sinta segura e consciente dos benefícios que a amamentação traz para o bebê e para ela", ressaltou Hélia Karla. A rede de apoio é formada pela família, vizinhos, amigos, profissionais de saúde, colegas de trabalho, governo e legislação, dentre outros.

De acordo com a gerente do Banco de Leite, o apoio durante a gravidez reduz o stress no trabalho de parto, além de aumentar a autonomia e confiança das mulheres. Além disso, o apoio dos profissionais de saúde é fundamental para que a mulher supere as dificuldades que surgem antes e após o parto.

Os empregadores também devem apoiar a mulher que acabou de ter filho, dando oportunidade de horário especial para a amamentação, e o governo, elaborando dispositivos e leis que beneficiem a mulher. "Não podemos esquecer o apoio que parte dos meios de comunicação, que divulgam as informações para a população de forma massiva. É sempre bom poder contar com eles, pois percebemos que os resultados são positivos", diz.

Vínculo afetivo

A indicação do aleitamento materno até pelo menos os primeiros seis meses de vida do bebê resulta em várias melhorias, como a redução do risco de desnutrição e o fortalecimento do vínculo afetivo entre a mãe e o bebê, o que proporciona uma maior segurança e equilíbrio emocional.

Segundo o pediatra Alex Santana, coordenador do projeto Mãe Canguru, as crianças que mamam no peito são mais saudáveis porque o leite tem os nutrientes necessários para um bom desenvolvimento tanto físico quanto mental. Ela devem ser amamentadas exclusivamente com leite materno desde o nascimento até o 6º mês de idade; após este período, ela pode fazer uso de outros alimentos e continuar mamando até os 2 anos ou mais.

Na opinião de Alex Santana, a amamentação depende, em grande parte, do apoio dado às mulheres durante a gestação e após o parto. Além disso, fica mais fácil para amamentar quando a mãe busca informações sobre aleitamento materno para fazer as suas próprias escolhas, conversa com outras mulheres que tiveram uma boa experiência com amamentação, participa de grupos de apoio à amamentação antes e depois do bebê nascer, cuida da saúde e conhece o seu corpo.

Para as mães, amamentar auxilia na perda rápida do excesso de peso adquirido durante a gravidez, ajuda o útero a voltar ao tamanho normal depois do parto, diminuindo o risco de hemorragia e anemia, e reduz o risco de ter no futuro diabetes, câncer de mama e ovário.

Como apoiar

Profissionais de saúde:

– Acolhendo as mães, respeitando sua individualidade e transmitindo confiança;
– Escutando e aprendendo, trocando informações;
– Ajudando a mulher a acreditar na sua capacidade de amamentar o seu filho com sucesso;
– Dando informações que facilitem a amamentação;
– Criando grupos de apoio ao aleitamento materno;
– Ajudando na solução de problemas relacionados ao aleitamento materno;
– Respeitando e divulgando a Lei que protege a amamentação;
– Mantendo-se atualizados em assuntos relacionados ao aleitamento materno;.

Família, amigos e vizinhos:

– Tratando as mães com respeito e carinho;
– Reconhecendo o valor da amamentação;
– Acreditando que a mulher é capaz de amamentar, incentivando e encorajando o aleitamento;
– Transmitindo experiências positivas de aleitamento materno;
– Ajudando ou assumindo as tarefas domésticas para que as mães tenham tempo e tranquilidade para amamentar;
– Facilitando a participação das mães nos grupos de apoio à amamentação.

Governo:

– Desenvolvendo políticas públicas e garantindo o cumprimento das Leis de proteção à amamentação;
– Fazendo cumprir a Legislação que regulamenta a publicidade de alimentos e produtos que concorrem com a amamentação, como a Norma Brasileira de Comercialização para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) e a Lei nº 11.265.

Empregadores:

– Respeitando e aderindo às Leis que protegem a amamentação;
– Respeitando o período constitucional da Licença-maternidade com o pagamento do salário;
– Aderindo à Licença-maternidade de seis meses;
– Respeitando o direito a dois períodos de meia-hora cada para amamentar durante a jornada de trabalho até os seis meses de idade, se a mulher estiver trabalhando neste período;
– Criando no trabalho condições de amamentação ou de coleta e armazenamento do leite materno.

Organizações sociais:

– Exercendo o controle social, que é a participação da sociedade no acompanhamento da execução das políticas públicas de promoção, proteção e apoio à amamentação.

Meios de Comunicação:

– Cumprindo a NBCAL e a Lei 11.265, que regulamentam a publicidade de alimentos e produtos que concorrem com a amamentação;
– Divulgando a importância do aleitamento materno;
– Divulgando experiências positivas sobre o aleitamento materno;
– Estimulando e promovendo campanhas sobre o aleitamento materno.

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