Profissionais da maternidade fazem reciclagem no controle de infecções hospitalares
Biossegurança e qualidade de vida no trabalho foram os temas escolhidos para as palestras realizadas na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes nesta segunda-feira, 19, em comemoração ao Dia Mundial de Controle de Infecção Hospitalar, celebrado no último dia 15 de maio. As palestras dirigidas aos profissionais de enfermagem da instituição mostraram a importância de prevenir e controlar de infecções hospitalares.
"A simples lavagem das mãos é o primeiro passo para se evitar a proliferação de bactérias que causam infecções em pacientes. Partindo dessa ação, mostramos também como evitar acidentes de trabalho com o uso de Equipamentos de Proteção Individual e redobrando a atenção para o manuseio de objetos pérfuro-cortantes", explicou a enfermeira Maria da Conceição Santos, da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar da maternidade.
Ela destacou uma série de medidas de segurança importantes que devem ser sempre lembradas pelos profissionais como o uso de luvas e máscaras, descarte em local apropriado de objetos pérfuro-cortantes como agulhas, vacinação contra hepatite e tétano e a participação nos treinamentos constantes oferecidos pela maternidade.
Outra recomendação feita pela enfermeira é o cuidado na hora de manusear a seringa. "O auxiliar ou técnico de enfermagem que lida muito com seringas deve ter atenção redobrada, e em hipótese alguma, colocar a capa protetora da seringa de volta, pois corre o risco de se furar com a agulha".
Cuidados
A preocupação da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) com o manuseio de material médico-hospitalar se fundamenta no fato de que, de acordo com dados do Ministério da Saúde, 82% dos acidentes de trabalho em hospitais são ocasionados pelas agulhas das seringas.
A maior parte destes acidentes fica por conta da exposição a sangue e secreções, que acontece em 45% dos casos durante o manuseio. Outros 30% por local impróprio de descarte do material contaminado, isto é, quando seringas e agulhas são jogados fora da caixa de papelão indicada para o descarte.
Além disso, na ocorrência de qualquer acidente com material biológico ou hospitalar, o funcionário deve comunicar o fato imediatamente à CCIH e ao Serviço de Medicina do Trabalho (Sesmt) para que uma ocorrência seja registrada e as providências necessárias possam ser tomadas.
"O profissional deve procurar registrar o fato para ser medicado em no máximo três horas com o coquetel anti-retroviral para evitar a contaminação pelo HIV, e dentro de 72 horas no máximo para evitar o contágio das hepatites B e C. Ele precisa também ser acompanhado e receber todas as orientações necessárias sobre as consequências do acidente", concluiu a enfermeira Maria da Conceição.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Profissionais da maternidade fazem reciclagem no controle de infecções hospitalares – Foto: Lúcio Telles