Prefeitura de Aracaju implanta Núcleo de Apoio à Família no bairro América
O núcleo funciona no Centro Social Dom José Vicente Távora, de segunda à sexta, das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas. Atende famílias, crianças e adolescentes, adultos e idosos do bairro. O NAF do bairro América mantém uma equipe de assistentes sociais e psicólogos que realizam o atendimento local e as visitas domiciliares e institucionais.
Além da assistência psicossocial, são desenvolvidas várias atividades educativas e recreativas, com dinâmicas de grupo que trabalham questões familiares e sociais.
“Nosso objetivo é servir como referência para as famílias de baixa renda que, geralmente, são pouco instruídas e demandam orientações diversas. Os problemas não se restringem à família ou à escola, no caso dos jovens, mas também referem-se a necessidades burocráticas, aparentemente simples, às quais muita gente não sabe como proceder”, diz a assistente social do NAF, Lizandra Vieira. Segundo ela, dentro da demanda burocrática, os encaminhamentos mais comuns são para o Instituto de Identificação e Assistência Judiciária Gratuita.
Atualmente são atendidas 215 famílias e 160 crianças e adolescentes. O atendimento tende a crescer com o início do ano letivo e com o interesse crescente da comunidade em participar. A meta é atingir 1200 famílias, atendendo seus interessados e trabalhando as questões mais problemáticas.
Para a dona de casa Maria Oliveira Menezes, o núcleo está servindo de apoio para seus filhos. A filha de 13 anos não tem um bom relacionamento com o pai e passou a ser atendida pela psicóloga. O filho de 10 anos passava muito tempo na rua e agora se ocupa com as diversas oficinas do projeto. “Minha filha está mais sociável, menos revoltada em casa, e já estou despreocupada com o menino, pois deixou de ficar à toa na rua e sempre aprende coisas novas e proveitosas aqui”, afirma a mãe toda satisfeita.
Crianças e adolescentes
O público infanto-juvenil freqüenta o núcleo por diferentes motivos. Alunos considerados “problemáticos” pelas escolas, ou até mesmo pelos pais, têm condições de desenvolver suas potencialidades. As oficinas são as atividades mais procuradas, mas existem os casos mais específicos que necessitam de um atendimento personalizado. Há também os adolescentes que participam das dinâmicas de grupo, onde se trabalha a auto-estima, o exercício da cidadania, entre outras possibilidades que instigam o desenvolvimento do indivíduo.
“Vou começar a participar do grupo de adolescentes, pois terei a possibilidade de trocar experiências e expandir cada vez mais meus horizontes”, diz a estudante Paula Gardênia da Cruz, 15 anos, moradora do bairro América. Paula soube do núcleo através de uma vizinha, já contou a novidade à sua mãe que vai passar a freqüentar o grupo de mães.
Segundo a psicóloga do NAF, Silvana Barros de Andrade, a linha aplicada nas oficinas é a construtivista. “Trabalhamos as habilidades manuais sem esquecer o desenvolvimento intelectual”, afirma.
São desenvolvidas oficinas de papel, da construção, da leitura, da palavra, entre outras, buscando sempre estimular a criatividade e instigar a curiosidade dos alunos sobre temas diferenciados. Nesses dias que antecedem o carnaval, a psicóloga vem trabalhando amplamente o assunto. Já foram produzidas máscaras carnavalescas com papel reciclado e cola produzidos na própria oficina. A palavra “Carnaval” foi motivo de pesquisa em dicionários e livros de história.
Durante uma aula da oficina de papel, o aluno John Antony, 8 anos, estudante da 3ª série primária, não desgrudava a atenção da panela com cola. “Já aprendi muita coisa aqui, mas nunca pensei que a mesma goma de tapioca, que se come, pode servir para colar papel”, diz o garoto impressionado e achando graça da novidade.[/vc_column_text][/vc_column]
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