Posse de servidores da FHS garante avanços para descentralização da saúde
Um novo modelo de gestão está garantindo melhorias na saúde pública em todo o estado. Maiores avanços foram consolidados nesta terça-feira, 2, com a posse de mais 633 servidores para a Fundação Hospitalar de Saúde (FHS). A solenidade, que contou com a presença do governador Marcelo Déda, aconteceu no Hotel Parque dos Coqueiros.
Do total de convocados, 556 profissionais serão divididos entre hospitais de seis municípios e 77 vão atuar no Serviço do Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe). As unidades contempladas com os novos profissionais são Itabaiana (126), Nossa Senhora do Socorro (136), Nossa Senhora da Glória (116), Capela (66), Neópolis (45) e Propriá (67).
Entre os novos funcionários, estão médicos, enfermeiros, farmacêuticos, nutricionistas, assistentes sociais e assistentes de enfermagem e administrativo. Todos foram aprovados no concurso público realizado em março de 2009. “Os investimentos e contratações que o Governo de Sergipe tem feito no interior vão garantir uma nova saúde ao cidadão”, opinou o cirurgião-geral Péricles Teixeira, que trabalhará no hospital de Socorro.
Ele considera que os profissionais terão melhores condições de trabalho e, assim, atenderão melhor a população. “Um ponto chave de todo este projeto de mudança é a descentralização. Quando todos os hospitais regionais e locais estiverem funcionando da forma que está sendo proposta, vai desafogar o trabalho no Huse [Hospital de Urgência de Sergipe]”, destacou o novo servidor.
A assistente social Michele Menezes, lotada no hospital regional de Itabaiana, também contribuirá para um atendimento mais digno à população. “Por dois anos, fui estagiária na unidade. Fiz o concurso e passei. Sei exatamente as potencialidades e as dificuldades de lá. Acredito que vou poder desenvolver um bom trabalho no dia-a-dia do hospital”, disse a assistente social.
O superintendente da unidade de Itabaiana, Francisco de Jesus, compreende bem a importância da incorporação de novos servidores. “Não é só o aumento do número de profissionais. Agora, passamos a ter um quadro de funcionários. O que temos hoje são contratos da Fundação Santa Isabel com empresas que prestam serviço. Inicialmente, vamos trabalhar com um sistema misto de funcionários [efetivos e contratados], que serão substituídos gradativamente”, frisou o superintendente ao lembrar que o hospital realiza sete mil atendimentos mensais.
Consolidação da mudança
Até o momento, já foram convocados cerca de 2.300 pessoas para a FHS. Além disso, sete das 13 unidades que ficarão sob administração da fundação já foram incorporadas, além de 22 bases do Samu 192 Sergipe. “Nos próximos meses, vamos chamar mais mil servidores. Deveremos terminar o ano com mais de 3.400 empregados. Este número é superior ao ofertado no edital, que eram 2.761”, lembrou Emanuel Messias, diretor-geral da Fundação Hospitalar.
A secretária de Estado da Saúde, Mônica Sampaio, caracterizou esta nova convocação como a consolidação das fundações estaduais. “Uma revolução na saúde pública porque estamos admitindo pessoas que vão trabalhar nos hospitais do interior através do concurso público. Isso consolida as fundações estatais, que é um novo modelo de gerenciamento e traz uma perspectiva de uma nova política de carreira para esses ingressos”, salientou.
Segundo Mônica Sampaio, além de uma nova política de carreira, o modelo de contratação permite cobrar aos profissionais eficiência na prestação de serviços. “A modalidade do regime CLT [Consolidação das Leis Trabalhistas] possibilita à fundação avaliar o desempenho desses profissionais, baseada em metas e objetivos específicos relacionados à qualidade de atenção à saúde. Esperamos, a médio prazo, impactar na qualidade de saúde prestada”.
Para o deputado estadual Rogério Carvalho, que esteve à frente da Secretaria de Estado da Saúde de janeiro de 2007 a janeiro de 2010, a contratação de novos servidores representa a concretização de um processo que iniciou há três anos. “É uma prova de que o Governo está desprivatizando a saúde do nosso Estado, está agregando inteligência à gestão pública e criando uma instância gestora na área de serviço de saúde. É uma satisfação para quem viu este nascer projeto vê-lo numa fase avançada de implantação”.
Rogério Carvalho ainda lembrou que em 2007, quando Marcelo Déda assumiu o Executivo estadual, todos os hospitais públicos, exceto o Huse, estavam sendo geridos por uma empresa privada da Bahia. “Essas unidades foram reabertas em agosto de 2006. Ou seja, ficaram fechadas dois anos e oitos meses da antiga administração. Quando chegamos, fizemos uma transição. Passamos para uma parceria gestora com o Hospital Santa Isabel e agora a FHS está reassumindo gradativamente os hospitais. Não ficar
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Posse de servidores da FHS garante avanços para descentralização da saúde – Foto: Wellington Barreto