Políticas culturais são discutidas durante CNIC em Aracaju
Aracaju está sendo sede da cultura nacional nesta semana com a realização da primeira reunião itinerante da Comissão Nacional de Incentivo á Cultura (CNIC). O objetivo da comissão é avaliar pareceres de projetos culturais que pleiteiam autorização para captação de recursos com apoio na Lei Rouanet (nº 8313/91). A promoção da CNIC em Sergipe tem apoio do Sesc e da empresa de telefonia Oi.
Os encontros que ocorriam apenas em Brasília, passam este ano, a percorrer os estados brasileiros, a fim de incorporar a diversidade cultural dos estados visitados, além de dar um caráter menos operacional e mais opinativo aos pareceres da CNIC, onde os integrantes da comissão poderão conhecer in loco projetos que tiveram incentivos da Lei Rouanet.
Em Sergipe, a reunião ocorre em um dos mais belos espaços culturais da capital sergipana, o Palácio Museu Olímpio Campos (PMOC), a antiga sede do Governo do Estado, que recentemente foi restaurada e recebe diariamente inúmeros sergipanos e turistas interessados em conhecer um pouco mais da história sergipana.
Durante o primeiro dia de trabalho da Comissão, os conselheiros analisaram alguns projetos e destacaram a representatividade de Sergipe ser o primeiro Estado a receber o grupo. Na programação, constam ainda reuniões em Belém (PA), São Paulo (SP), Goiânia (GO) e Porto Alegre (RS), que se alternarão com reuniões que também ocorrerão em Brasília.
Para a secretária de Estado da Cultura e presidente do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Cultura, Eloísa Galdino, o momento é de reconhecimento do valor e do destaque que a política cultural de Sergipe está tendo nacionalmente.
“O projeto de itinerância começa em Sergipe e isso demonstra o prestígio, a importância e o alinhamento que nós temos com o Ministério da Cultura e com a política nacional de Cultura. Além disso, é uma forma de darmos visibilidade a CNIC aqui em Sergipe, para os que produtores e agentes de cultura do nosso estado, se aproximem da realidade da elaboração de projetos, para captação via Lei Rouanet”, enfatizou Eloísa, destacando que houve ainda uma promoção dos pontos turísticos sergipanos, para que os integrantes da comissão os visitassem. “Temos na comissão formadores de opinião de todas as áreas da cultura que estão visitando nosso estado, alguns que irão passar o fim de semana. Esta reunião é também uma forma de fazer com que esses representantes da cultura nacional ajudem a divulgar as belezas naturais e culturais de Sergipe e a força da nossa sergipanidade”, complementou.
Representatividade
Entre os integrantes da Comissão que participaram do primeiro dia de trabalhos em Sergipe, a realização da reunião itinerante mostra o comprometimento e humanização das discussões travadas na Comissão e demonstra que os conselheiros estão interessados em conhecer de perto as riquezas culturais que cada estado possui.
Para o secretário de Fomento e Incentivo à Cultura, Henilton Menezes, que preside a seção plenária em Aracaju, as reuniões itinerantes demonstram uma ‘nova CNIC’, reformulada e ainda mais comprometida com a defesa e incentivo à Cultura brasileira.
“Criamos estas reuniões itinerantes para conhecer ainda mais o Brasil e fazer com que esta Comissão se aproprie de cada região visitada e quando for analisar os projetos, tenha um pouco mais de elementos para fazer uma análise mais adequada”, afirmou o secretário ressaltando que hoje a Comissão é muito mais que uma estância de análise de projetos. “O desejo da ministra Ana de Hollanda que compartilhamos, é que a CNIC seja uma estância de estabelecimento políticas públicas para a cultura a nível federal. Uma comissão que busca auxiliar diretamente na gestão do Ministério da Cultura”, finalizou Henilton.
Para o titular do setor de artes cênicas da Comissão, o carioca, Damétrio Nicolau, as reuniões itinerantes aproximam as regiões das resoluções que são tomadas e contribuem para uma maior diversidade de Estados tenham projetos aprovados. “A CNIC é uma clara manifestação da importância das leis de incentivo a cultura no país. Acredito que estarmos circulando com a Comissão, nos propõe momentos de podermos conversar com o público local de cada região e tirarmos da região de Brasília, e eixo Rio-São Paulo, as resoluções, Ajudando assim todos os estados a crescerem na sua quantidade de projetos aprovados pela Lei Rounet”, notou.
O titular do setor de Humanidades, Tuchaua Rodrigues, concorda com os colegas de Comissão e completa que este nova forma de reuniões aumenta ainda mais a sensibilidade de cada integrante da CNIC. “É muito importante que a CNIC possa itinerar para que todos os conselheiros possam conhecer melhor a realidade de cada uma das regiões do país, pois, por mais que agente conheça os lugares, nós não olhamos com o olhar de integrantes do conselho. Então acredito que as reuniões itinerantes criam outra sensibilidade com relação as necessidades locais”, concluiu.
Experimentando a cultura local
Os conselheiros puderam também conhecer um pouco da boa música sergipana durante o primeiro dia de trabalhos da CNIC. A banda Café Pequeno e o músico Cobra Verde, fizeram uma apresentação especial no Palácio Museu Olímpio Campos para brindar o evento.
Na programação da quarta-feira, 20, segundo dia de CNIC, os conselheiros farão uma visita técnica a cidade de São Cristóvão, onde irão conhecer a Praça São Francisco, o 18º Patrimônio brasileiro tombado pela UNESCO, além do Museu Histórico de Sergipe.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Políticas culturais são discutidas durante CNIC em Aracaju – Fotos: Fabiana Costa/Secult