Política para Mulheres é discutida em Nossa Senhora das Dores
Mulheres integrantes de associações e movimentos sociais do médio sertão sergipano participaram da Conferência Territorial de Políticas para Mulheres em Nossa Senhora das Dores, nesta terça-feira, 9. Esse foi o primeiro encontro de nove que estão programados para ocorrer até o dia 31 de agosto.
Realizada pela Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (Semp), a Conferência abordou o tema ‘Pela Construção da Igualdade, fortalecimento da autonomia e erradicação da extrema pobreza’ e reuniu também representantes de grupo GLBT e da sociedade civil. A secretária especial de Políticas para as Mulheres, Maria Teles dos Santos, e a secretária adjunta da pasta, Ivânia Pereira, acompanharam a abertura e o desenvolvimento dos trabalhos.
A secretária de Desenvolvimento Social de N. S. das Dores, Tâmara dos Santos, esteve representando o prefeito Aldon dos Santos. A atividade foi conduzida por Flora Alice, coordenadora de Políticas para as Mulheres da localidade, que na ocasião fez a leitura do Regimento Interno.
Segundo Maria Teles, a participação dos diversos grupos no evento reflete a importância política do momento. “Estamos todos aqui para ouvir, falar, questionar, trocar ideias. Tudo isso num momento histórico para nós que fazemos parte da Secretaria das Mulheres, a primeira de Sergipe”, disse a secretária, recordando que foi a partir da assinatura do Pacto Nacional Contra à Violência, em julho de 2009, pelo governador Marcelo Déda, que o estado passou a ter um compromisso maior com a questão da violência contra a mulher.
“Agora, mais políticas estão sendo colocadas à disposição, algumas dessas realizadas pelos municípios com o apoio do Governo do Estado”, disse a secretária, destacando que Sergipe possui 27 coordenadorias municipais, cinco delegacias especiais para o atendimento à mulher vítima de violência e dois Centros de Referências Territoriais, instalados nos municípios de Tobias Barreto, Barra dos Coqueiros .
Interesse
Além das palestras, o tema ‘políticas públicas para as mulheres’ foi abordado através de vídeos, exposições, poesias e leitura de textos. A promotora Adélia Pessoa detalhou algumas Leis, a exemplo da Loas – Lei Orgânica de Assistência Social; a do Planejamento Familiar e a Lei Orgânica da Saúde, que dentre outros benefícios, determina que os serviços de saúde estejam obrigados a permitir a presença, junto a parturiente, de um acompanhante durante o trabalho de parto. “Procurem saber o que os governos estão fazendo para atender esses direitos que lhes assistem”, ressaltou a promotora.
Já a defensora pública Richesmy Libório, explanou sobre a Lei Maria da Penha, de nº 11.340, que coíbe a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Debates e desabafos
Assuntos sobre a vida cotidiana da mulher atraíram a atenção das participantes. Dona Railde de Oliveira, mãe de cinco filhos, foi casada por 30 anos. Separada há pouco mais de três anos, ela relatou que conhecer a Lei Maria da Penha e os direitos que as mulheres têm é de grande importância. “Estou tendo a oportunidade de ouvir coisas que eu nem sabia que existia. É um momento muito importante”, disse.
Marta Fabiana dos Santos é representante de Feira Nova na Conferência e defende a implantação de uma delegacia de mulheres em seu município. “Precisamos de um local específico para denunciar a violência, e de outro para dar apoio às vítimas. Muitas mulheres precisam de um acompanhamento”, declarou .
Carmópolis
De acordo com a equipe da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, a próxima Conferência acontecerá em Carmópolis, no dia 16 de agosto.
- Política para Mulheres é discutida em Nossa Senhora das Dores – Fotos: Ascom/SEPM