Polícia Civil esclarece prisão de quadrilha que agia em Tobias Barreto

Durante entrevista coletiva concedida na manhã desta terça-feira, dia 22, na Superintendência da Polícia Civil, o delegado de Tobias Barreto, Alan de Freitas Faustino, revelou à imprensa detalhes sobre a prisão de cinco homens acusados de envolvimento com a pistolagem e que agiam na região.

O grupo foi preso por uma equipe do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar (COE) no sábado, dia 20, após investigações realizadas pela Divisão de Inteligência Policial (Dipol), Complexo de Operações Policiais Especiais (Cope) e Delegacia de Tobias Barreto.

Segundo Alan Faustino, a quadrilha planejava matar na manhã do domingo um homem conhecido como ‘Josa’, irmão do fazendeiro José de Jesus Valença, o Zezinho de Raimundo Gago, assassinado com vários tiros na noite do dia 29 de março de 2008, no município de Tobias Barreto.

"Os dois irmãos teriam conhecimento de crimes cometidos na região pelo grupo e por isso o primeiro foi assassinado e o segundo já estaria marcado para morrer. Há suspeita de que a quadrilha esteja envolvida em assaltos e assassinatos. Vamos prosseguir nas investigações", explicou.

Os presos são Serisvaldo de Souza (Nego Cero), José Claudiano dos Santos (Lourinho), José Cláudionor dos Santos, Riclay Barbosa de Oliveira e José de Jesus Santos (Almeida). Eles estavam com um revólver calibre 38, uma pistola calibre 380 e munições de espingarda calibre 28.

Os acusados estão presos temporariamente em Tobias Barreto. As ordens de prisão foram expedidas pelo juiz Aldo de Albuquerque Melo. Os mandados de prisão foram justificados em virtude de indícios sobre a participação dos suspeitos na morte do Zezinho de Raimundo Gago.

Segundo Alan Faustino, o grupo ficará preso durante 30 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 30.  "Temos informações concretas que o Nego Cero, Lourinho, Claudionor e Riclay têm envolvimento direto com a morte, enquanto os demais seriam comparsas. Ninguém assumiu nada, mas vamos continuar apurando", disse Alan.

Ainda de acordo com o delegado, a investigação da morte de Zezinho foi fundamental para antecipar e evitar mais um crime. "Descobrimos que eles iriam matar o ‘Josa’ no domingo pela manhã. Ainda no sábado ele foi trazido para Aracaju e montamos a operação para prender a quadrilha".

Também participaram da entrevista o superintendente da Polícia Civil, delegado Gilberto Guimarães e o coordenador operacional das Delegacias do Interior, delegado Flávio Albuquerque.