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Nesta sexta-feira, 5, foi consolidado o levantamento da qualidade da água e biodiversidade aquática do Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco, unidade de conservação estadual coordenada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh). Pesquisadores das Universidades Federais de Minas Gerais (UFMG) e de Sergipe (UFS), junto a técnicos da Semarh e do próprio município de Capela, participam em conjunto das atividades de pesquisa.

Em dezembro de 2009, quando integrantes da UFMG estiveram no Refúgio do Junco para conhecer a unidade, surgiu a ideia de montar uma disciplina para mestrado entre as universidades A interfase foi apoiada pela Semarh, por meio da Superintendência de Biodiversidade e Florestas, e após uma semana de trabalhos o fruto dessa iniciativa acaba de ser concluído nesta sexta-feira.

De acordo com o professor do Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservação e Manejo de Vida Silvestre da UFMG, Dr. Marcos Callisto, o levantamento da qualidade da água na Mata do Junco foi realizado com técnicas de bioindicadores de qualidade ambiental.

“Tivemos uma equipe multidisciplinar de profissionais fazendo diferentes pesquisas. Foram analisadas espécies de peixes, insetos aquáticos, mata ciliar, parâmetros abióticos, entre outros objetos de estudos”, explicou Callisto, enfatizando que as pesquisas devem gerar um relatório sintético com o resultado rápido da qualidade da água e biodiversidade aquática.

As informações levantadas durante as pesquisas serão traduzidas e disponibilizadas para o Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco, contribuindo assim com o estudo das águas de Sergipe. “Estamos trabalhando com a mesma técnica que é utilizada na União Européia e América do Norte. Utilizamos essa prática na UFMG com o apoio da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), e agora estamos passando para a UFS a mesma metodologia”, completou o professor Callisto.

Pesquisas

As pesquisas realizadas nas nascentes do Riacho Lagartixo, responsável pelo abastecimento da população de Capela, foram feitas através de bioindicadores sensíveis à poluição. O professor explicou que as pesquisas evidenciaram que quanto maior o acúmulo de folhas no fundo do rio, maior a quantidade de organismos, pois estes servem de alimentos para invertebrados aquáticos. Por isso, também é importante atuar no combate a incêndios, desmatamento e na preservação das matas ciliares.

“Os organismos encontrados na água indicam a sua qualidade. Algumas ordens de insetos aquáticos como o megaloptera, pleocoptera e o trichoptera são bons indicadores. Rios que têm mata ciliar preservada apresentam alta biodiversidade aquática e ótima qualidade de água também”, aponta Marcos Callisto.

De todo o grupo de pesquisadores alojados na sede do Refúgio, oito vieram da Universidade Federal de Minas Gerais. São doutorandos e mestrandos trabalhando coletivamente para o sucesso das pesquisas.

Educação Ambiental

Para desmistificar que a condição de um inseto encontrado em cursos d’agua e nascentes é um indicativo apenas negativo na água, alunos das escolas do município de Capela assistiram a uma exposição monitorada sobre a importância da presença de algumas espécies nas nascentes.

“A exposição mostra a importância do organismo para o ambiente e conseqüentemente para o ser humano. A idéia é mostrar, através da pesquisa, que a existência de certos insetos existentes na água é muito importante para indicar a qualidade da mesma”, explicou a pesquisadora da UFMG, Juliana Silva França.

O secretário de Estado do Meio Ambiente, Genival Nunes, fez visita à equipe de pesquisa e ressaltou a importância dos trabalhos. “O Refúgio foi inaugurado há um mês pelo governador Marcelo Déda com a proposta de realizar estudos e pesquisas que contribuam com a melhoria da qualidade de vida da população. O excelente trabalho desses pesquisadores no Junco, durante toda a semana, demonstra que a criação dessa unidade de conservação está mesmo produzindo frutos positivos”, disse.

Na ocasião da visita, o secretário acompanhou ainda a uma demonstração feita pelos brigadistas voluntários do Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco.

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