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A Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides) e o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Conseas) realizaram na manhã desta sexta-feira 22, a I Feira Agroecológica “Unidos Contra Fome” com exposição e comercialização de produtos orgânicos e com valores nutricionais em teor elevado. Além da feira, os visitantes puderam apreciar a exposição fotográfica “Alimentação: Direito de Todos”, com imagens de Edinah Mary.

Integrando as atividades da Semana Mundial da Alimentação, comemorada no último dia 16, a Feira contribui com a intersetorialidade estabelecida pela Política do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional a partir do decreto de nº 7.272, de 25 de agosto de 2010. “Idealizamos essa feira agroecológica a partir do sucesso de ações já realizadas pela secretaria juntos aos agricultores familiares em diversos municípios sergipanos. É a efetivação de uma política pública que visa a garantir uma alimentação adequada para a população”, ponderou a secretária de Estado da Inclusão Social, Maria Luci Silva.

A primeira-dama do Estado, Eliane Aquino, prestigiou o evento e afirmou que o Governo do Estado tem interesse em realizar novas edições da feira, agregando novas parcerias e divulgando tecnologias agroecológicas. “A iniciativa é louvável porque traz o agricultor de sua região para apresentar aqui, próximo do público, suas experiências com a agroecologia, e ainda possibilita a ele a apresentação e venda de seus produtos. Desejamos fazer dela um evento mensal ou quinzenal. Tantos produtos bonitos, higienizados, sem nenhum tipo de agrotóxico precisam, sim, chegar aos consumidores”, considerou Eliane Aquino.

Diversos municípios sergipanos participaram da feira expondo seus produtos, entre eles Porto da Folha, Canindé do São Francisco, Poço Redondo, Gararu e Monte Alegre. Foram expostos e comercializados alimentos orgânicos, derivados do leite, da mangaba, além de degustação de alimentos biofortificados, ou seja, enriquecidos tecnicamente com valores nutricionais elevados a exemplo do feijão, arroz, trigo, mandioca, milho e batata doce.

Segundo a diretora do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional (DSAN) da Seides, Vânia Junqueira, a feira integra uma série de atividades, entre cursos e palestras, dentro da Semana Mundial da Alimentação. “O interessante é perceber as interações entre os produtores, trocando experiências e práticas agroecológicas. A proposta é tornar esse evento periódico, uma vez que aqui em Sergipe ainda não existe uma feira específica para a venda de produtos orgânicos e biofortificados”, explicou.

Política pública

Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na área de desenvolvimento rural e coordenador do projeto de Biofortificação no país, Fernando Fleury Curado, destacou a importância de ampliar feiras agroecológicas em todo o Estado. “A realização dessa feira é fundamental ao garantir para os agricultores uma forma de protagonismo. A valorização da produção agroecológica já vem sendo reconhecida pelo Governo do Estado com a implantação de alguns projetos no interior de Sergipe, fortalecendo, dessa forma, a política de segurança alimentar”, destacou ele, que palestrou no início da manhã, antes de começar a feira.

“Como pesquiso a biofortificação, reconheço esses produtos com um diferencial já que eles passam por um processo de melhoramento e por isso são acrescidos com teor mais elevado de micronutrientes como ferro, zinco e pró-vitamina A. Esse evento nada mais é que a aplicação de uma política setorial, preocupada com a produção local e que respeita o extrativismo como uma estratégia para a alimentação e combate à fome”, avaliou Fernando.

Agroecologia: desenvolvimento sustentável

O Governo do Estado trabalha a agroecologia em suas ações para o campo através da introdução de técnicas sobre o assunto nas atividades educativas que realiza em todo o estado através da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e outras entidades parceiras como o Sebrae e a Embrapa. Para fortalecer essa ação, a Seides estimula a utilização da agroecologia nas comunidades onde atua.

O agricultor de cenoura e tomate Umberto Vieira, 52 anos, que mora no assentamento Cachoeirinha, em Gararu, expôs seus produtos e comercializou os alimentos rapidamente. Ele faz parte do projeto Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS), executado por diversas entidades parceiras, entre elas o Governo do Estado. Através do projeto, os agricultores instalam com acompanhamento técnico alguns materiais em um terreno delimitado e avaliado para o plantio. Entre os materiais estão caixas, mangueiras, instrumentos para irrigação por gotamento, além de adubos orgânicos para o solo.

“Aprendemos muitas técnicas, inclusive para controlar as pragas, utilizando para isso a urina da vaca e plantas como urtiga e cansanção. Passada toda a técnica, semeamos e depois de uns 60 dias, a depender do cultivo, já podemos colher os produtos. As culturas de alface, por exemplo, são as mais rápidas. Já as de tomate, geralmente, demoram um pouco mais. A feira é uma oportunidade única para nós agricultores, pois aqui podemos mostrar nossos produtos e trocar experiências sobre o cultivo orgânico. Espero que a iniciativa continue para eu trazer mais produtos e vender um pouco melhor”, disse o agricultor.

Visitando a feira, a estudante de nutrição Manuela Aguiar, d20 anos, afirmou ter gostado bastante da iniciativa. “Fiquei sabendo da realização dessa feira pela coordenação do meu curso. Quando soube que aqui seria apresentada a biofortificação de alimentos fiquei logo interessada e decidi prestigiar a feira. Alimentos biofortificados, por exemplo, são bastante trabalhados na área de nutrição. Além deles, estou vendo os produtos orgânicos, em geral, eles apresentam um aspecto mais saudável com cores fortes. São ideais para o consumo”, contou.

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