[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

O manejo correto das pastagens é fundamental para qualquer sistema de criação de bovinos a pasto. Em pastagens bem manejadas, as forrageiras normalmente apresentam crescimento mais vigoroso, protegem melhor o solo e conseguem competir de forma mais vantajosa com as plantas invasoras, resultando em menor gasto com limpeza e manutenção das pastagens.

E para otimizar esse manejo, o produtor rural Gadston Silveira, do Povoado Tijuco, município de Gararu, vem implantando em sua propriedade as práticas do pastejo rotacionado, o que lhe garante um aumento na sua produção leiteira.
 
Segundo o produtor, a técnica foi apresentada pelo coordenador da Bacia Leiteira do Alto e Médio Sertão da Emdagro, Carlos Augusto Pereira da Silva, que na ocasião o aconselhou a disponibilizar pouco mais que 1,7 hectares de sua propriedade, de um total de 500 tarefas para o início do projeto. “Foi o Dr. Carlos Augusto que me orientou nessa prática de pastejo rotacionado, onde nesses 1,7 hectares eu venho colocando minhas 17 vacas que consomem o capim plantado em 24 piquetes”, diz.
 
Gadston disse ainda que, apesar do pouco tempo de implantado, já sente os efeitos que o projeto apresenta. “Eu comecei esse projeto em outubro de 2010 e venho observando o quanto estou sendo beneficiado. Para se ter uma ideia, eu tenho 17 vacas aqui no pastejo rotacionado e outras 17 no coxo, àquelas eu não tenho problema nenhum porque elas se alimentam por conta própria. Já as do coxo, eu ainda tenho que alimentá-las com ração, o que aumenta e muito meu custo de produção”, justifica.
 
O criador explica ainda que além de reduzir o custo com a produção das vacas do pastejo, ele ainda vem obtendo bons resultados na produção de leite. Segundo explica, sem o uso intensivo da terra, as vacas produziam 10 litros de leite por dia tendo como alimentação a ração. Já utilizando as práticas é possível obter 14,3 litros de leite/dia, um aumento considerável para uma região seca como é o sertão sergipano.
 
“O que mudou é que as vacas hoje estão aí de barriga cheia, descansando embaixo da sobra sem a gente estar se preocupando com a alimentação, a mão-de-obra com a alimentação diminuiu, a quantidade do leite aumentou, com menos despesas, o que é importante, enfim, melhorou tudo”, comemora Gadston, acrescentando que já está preparando uma outra área para ampliar o projeto e, assim, colocar mais vacas nesse sistema de manejo de pastagem.
 
O pastejo
 
No sistema de pastejo rotacionado, as áreas são divididas em piquetes que são submetidos a períodos alternados de pastejo e descanso. Neste método de pastejo, após a ocupação de cada piquete, por um período de tempo variável de alguns dias, quando sua vegetação é desfolhada total ou parcialmente, o piquete permanece em descanso, sem a presença dos animais, para a recuperação de sua folhagem, completando o ciclo de pastejo.
 
Segundo o coordenador da Bacia Leiteira da Emdagro, Carlos Augusto Pereira da Silva, “a grande vantagem deste método de pastejo é intensificar o uso da terra, oferecendo ao gado pasto da melhor qualidade, no ponto exato de consumo”. Segundo ele, o sistema permite definir quando e por quanto tempo as plantas estarão sujeitas à desfolha, os pastejos tendem a ser mais uniformes e a eficiência é mais elevada.
 
“A montagem de um sistema de pastejo rotacionado pode ser feita aproveitando as divisões já existentes ou redividindo os pastos. As divisões dos pastos ou piquetes devem ser feitas com cercas elétricas, uma vez que, o custo de implantação é cerca de quatro vezes mais baixo quando comparado com o custo da implantação de cercas convencionais”, explica o coordenador.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.