Parceria vai implantar hortas comunitárias em assentamentos

Cerca de 300 famílias de trabalhadores rurais assentados serão beneficiadas com o projeto Hortas Comunitárias. O programa será implementado em sistema de parceria entre a Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) e a Associação de Cooperação Agrícola de Sergipe, administrada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Orçado em R$ 180 mil, o convênio contemplará cinco assentamentos: Caio Prado (Estância); Moacir Vanderley (São Cristóvão); Margarida Alves (Japoatã); 22 de Novembro (Lagarto) e Dandara (entre Riachuelo e Malhador).

"Os pequenos proprietários têm uma história de conquista, de luta, de adquirir seu espaço de terra para conseguir plantar. É com essa força de vontade que irão conseguir recursos materiais e financeiros para o sucesso do projeto", disse a secretária de Planejamento, Lúcia Falcón.

Ela afirmou que o convênio em discussão deverá beneficiar principalmente a mulher do campo. "A trabalhadora rural sempre teve importante papel na geração de renda e na melhoria da qualidade de vida da família", reforçou.   

De acordo com o gerente geral da Fafen-SE, Rosildo Silva, a empresa tem todo interesse em participar do projeto Hortas Comunitárias. "Como integrante do Programa Fome Zero, a Petrobras tem recursos para fomentar a produção agrícola, visando ao combate da exclusão social", disse, ao acrescentar que o projeto já está em fase de discussão e planejamento e a proposta é que seja colocado em prática ainda este ano.

MST

O coordenador do MST, João Daniel Somariva, afirmou que, além das hortas comunitárias, também está em estudo um projeto para produção de mudas frutíferas e essências naturais.

"A meta é vencer o desafio de transformar a realidade das comunidades mais pobres, permitindo que elas possam se inserir com dignidade no conjunto da sociedade, através do cultivo agrícola", disse ele.