Ouvidor-Geral do Estado conhece projeto Balde Cheio em Tobias Barreto

O bem sucedido projeto ‘Balde Cheio’ no perímetro irrigado Jabiberi, administrado pela Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) no município de Tobias Barreto, tem despertado o interesse de muitas pessoas. Ao longo de três anos da implementação do projeto, grupos de universitários, técnicos e agricultores já visitaram o local e conheceram o programa de incentivo à pecuária leiteira que o Governo do Estado trouxe para Sergipe através da Companhia.

A mais recente visita foi na última quarta-feira, 7, feita pelo Ouvidor-Geral do Estado, Luiz Eduardo Costa, acompanhado do presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, do diretor de irrigação da Companhia, João Quintiliano, e do gerente do perímetro, José Reis Coelho. A visitação teve início no escritório do perímetro. Posteriormente, eles seguiram para a unidade demonstrativa do projeto ‘Balde Cheio’, instalada no lote 52.

O diretor de irrigação da Cohidro, João Quintiliano, explicou a finalidade do ‘Balde Cheio’ e como o projeto mudou a vida dos produtores da região. “O Balde Cheio nasceu de uma parceria entre a Embrapa, Cohidro e Sebrae, que trouxeram melhorias na renda do produtor adotando  técnicas de manejo de pastagem, adubação, qualidade do leite e melhoramento genético, de modo que haja uma maior rentabilidade e controlando os custos de produção. Ao aderir ao projeto, em pouco tempo, os produtores do Perímetro viram sua produção diária de leite crescer em mais de 100%. Hoje, com o sistema adotado e com a irrigação, existe disponibilidade de forragem o ano todo. Muitos deles não podiam criar mais do que quatro animais, mas hoje já possuem cerca de 10 animais em 1,5 hectares”, pontuou João.

No campo, o gerente do perímetro José Coelho explicou a Luiz Eduardo as muitas vantagens que o projeto traz ao produtor. Uma delas é a economia que o pequeno pecuarista faz no consumo de energia elétrica. “A irrigação do pasto só é realizada à noite, período que a taxa de energia é mais barata e também pelo fato de o gado alimentar-se principalmente nesse horário”, informa Coelho. Antes, os produtores pagavam R$ 180 de energia, em média, usando de forma errada. Hoje a média é de R$ 40, além disso, a maioria deles adquiriu matrizes leiteiras através de projetos financiados pelo Banco do Brasil e Banco do Nordeste.

Durante a visita, o presidente da Cohidro, Mardoqueu Bodano, relembrou os investimentos do Governo no perímetro e falou que o ‘Balde Cheio’ é motivo de orgulho. “O governo Marcelo Déda investiu R$ 2,5 milhões na implantação do projeto e hoje os resultados não poderiam ser melhores. Com assistência técnica e irrigação gratuita, promovidas pela Cohidro, o perímetro se destaca na produção de leite e derivados. Em 2011, foram produzidos 816 mil litros de leite e 78 toneladas de queijo. O faturamento dos pequenos produtores rurais chegou a R$ 1,3 milhão, isso é motivo de comemoração”, informou Mardoqueu.

O Ouvidor-Geral, Luiz Eduardo Costa, disse que saiu maravilhado com a visita e como bom conhecedor do Sertão Sergipano, ele aproveitou e antecipou que vai levar as informações sobre o projeto para aquela região, que vem sofrendo com a seca. “Nos municípios às margens do São Francisco como Canindé, Porto da Folha, Gararu e outros, além da água, a intensidade da luz solar assegura o crescimento rápido do capim e o clima seco evita doenças que afetam as vacas leiteiras. O Balde Cheio pode ser uma alternativa importante para que a região siga sua vocação, de ser grande bacia leiteira de Sergipe”, finalizou Luiz.