Órteses e próteses devolvem esperança a usuários do Case
Em nove meses, o Centro de Atenção à Saúde (Case) distribuiu 1.309 Órteses, Próteses e Meios de locomoção (OPMs) num investimento de R$ 1.449.527,65. São braços, pernas, palmilhas, cadeiras de roda, bengalas e outros dispositivos que contribuem na melhoria de vida do paciente que passa a ter mais autonomia.
Aos dois anos de idade, Sandra Monize da Silva Santos sofreu uma queda que mudou a sua vida e alterou a rotina dos familiares. Nos dois anos seguintes, passou a depender da força dos braços da mãe, Linete da Silva, para carregá-la nos braços. Mudaram-se de Boquim para Aracaju em busca de melhores recursos para a menina e conseguiram.
A família foi morar no bairro Santa Maria, buscou a Unidade Básica de Saúde da região e a menina foi encaminhada a especialistas. “O neuro fez o relatório e mandou a gente ir ao Case buscar uma cadeira”, disse a mãe.
Já se passaram 10 anos. Sandra, aos 12, frequenta a Escola Raio de Sol onde aprende a ganhar mais autonomia. “A cadeira melhorou em tudo. Hoje ela vai para a escola, a gente passeia, vai ao médico com mais facilidade. Ela é pesada e sem a cadeira, não dava pra fazer tudo isso”, relatou Linete. A cadeira de rodas para tetraplégico é um dos meios de locomoção fornecida pelo Case. Custa R$ 1.170.
O aposentado Gilenaldo dos Santos, 43, mora no povoado Pastora, município de Laranjeiras. Em 1988 ele sofreu um acidente de carro em Carmópolis e perdeu parte do braço esquerdo. Precisou aprender a conviver sem parte de um membro e ficou assim por 10 anos até que este ano decidiu fazer diferente. Procurou ajuda médica que o encaminhou ao Case para requerer a prótese. Dois meses depois, já estava de “braço novo”. “Ficou muito melhor. Dois braços não chamam a atenção”, falou.
“Minha vida daria um livro”. Assim o aposentado Antônio Oliveira Barbosa, 38, iniciou a conversa com a reportagem. Aos 19 anos, começaram a surgir os primeiros sintomas de uma doença rara que foi mutilando aos poucos os membros inferiores. “Primeiro foi o dedão do pé. Depois um pé, a primeira perna até que amputei as duas”, disse.
Hoje, quem vê Antônio na porta da lojinha da irmã onde ele passa a semana ajudando nas vendas não percebe que usa um par de próteses. “Faço tudo minha irmã”, destacou. Para ele, a aquisição “mudou realmente a minha vida”, disse o sergipano de Poço Verde.
Órteses
Segundo a fisioterapeuta do setor de Atenção ao Deficiente, Maria Emília Farias Vasconcelos, órteses são dispositivos usados para corrigir, alinhar ou prevenir deformidades. Ana Flávia Oliveira Sobral utiliza um par de órteses para os pés e um para a mão esquerda.
Há cinco anos, ela sofreu um acidente de carro que a deixou tetraplégica. Assim que chegou em casa passou a usar as órteses compradas pela família, até este ano, quando precisaram ser trocadas pelo desgaste natural do tempo. Foi então que a fisioterapeuta da garota encaminhou a dona de casa, Isabel Oliveira Sobral, ao Case.
“As despesas são grandes e conseguir as órteses pelo Case ajudaram bastante”, falou a mãe de Ana Flávia. Ela explicou que os dispositivos ajudam a manter os pés e a mão esquerda alinhados. Cada órtese dos pés custa R$ 180 e a da mão R$ 290.
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