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Na noite desta quarta-feira, 12 de outubro, as centenas de pessoas presentes no teatro Tobias Barreto foram presenteadas pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), através da Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse), com o melhor da musica clássica moderna.  Em um concerto dedicado basicamente às obras do compositor André Mehmari, a orquestra sergipana executou pela primeira vez a peça ‘Boa Noite Meus Senhores’, encomendada pela Orsse a Mehmari.

A peça estreante foi a primeira a ser tocada na quinta edição da série Mangabeiras. Primeira composição de Mehmari baseada em temas folclóricos. ‘Boa Noite Meus Senhores’ faz alusão aos elementos culturais sergipanos em um resgate histórico das tradições do Estado, e fortalece o projeto da Orsse de fomentar a produção local, fortalecendo a interlocução com os movimentos culturais sergipanos.

De acordo com a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, ao encomendar uma peça a partir de informações do folclore sergipano, há um esforço em apresentar a população elementos que unam a música clássica a temas relacionados à sergipanidade.  “É um momento rico e que consolida a relação da Orsse com a população, relação pautada não apenas na formação de plateia para a música clássica, mas, sobretudo, na inserção da Orsse na vida cultural  de Sergipe, nas manifestações que caracterizam a identidade sergipana”, afirmou.

Mantida pela Secult, com patrocínio do Instituto Banese e apoio da Fundação Aperipê e Segrase, a Orsse trouxe a Aracaju para abrilhantar essa apresentação histórica os renomados solistas Fábio Cury (fagote) e Mariana Tudor (harpa), além de Mehmari, que encantou o público não só com as suas composições, mas com a sua desenvoltura com o piano. 

De acordo com o compositor André Mehmari, esse é o primeiro concerto dedicado basicamente às suas obras, já tocadas por orquestras nacionais e internacionais. “É uma honra poder participar desse concerto, não só como compositor, mas como solista também. Para mim, é um concerto que entra no meu currículo de uma maneira bem especial”, declarou o músico, autor da música orquestral de abertura dos jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro.

Segundo o diretor artístico e maestro titular da Orsse, Guilherme Mannis, o principal diferencial deste concerto está na autoria das obras, que por ser de um compositor contemporâneo, aproxima a produção da sinfônica das grandes obras da música popular. “Foi um concerto diferente, que fez com que a orquestra mostrasse também o seu lado versátil, o lado que não é só da execução clássica, mas também é o lado da música expresso pela delicadeza”, disse.

Sob regência de Guilherme Mannis, a orquestra sergipana executou também o Concerto para Fagote, Harpa e Cordas (encomendado por Fábio Cury), Um Anjo Nasce, Rosa (de autoria de Pinxiguinha), Cherubino Piano Concerto, O Concerto Chorado II e No So Più Cosa Son.

Público encantado

As apresentações da orquestra sergipana são prestigiadas por um público cada vez mais heterogêneo. São seguidores da Orsse, apaixonados pela música clássica ou curiosos que vão ao teatro valorizar a música clássica produzida no Estado, que aplaudem de pé a cada peça executada e que pedem um pouco mais de música após o fim do concerto, que pedem bis.

Nessa apresentação não foi diferente. Após ser executada a última peça da noite, No So Più Cosa Son, os pedidos de bis acarretaram na volta da Orsse e de André Mehmari ao palco do teatro. A peça escolhida foi a Fantasia de Odeón, de Ernesto Nazaré, conhecida por muitos e que inclusive já fez parte da trilha sonora de uma telenovela brasileira.

Além disso, a peça ‘Boa Noite Meus Senhores’ foi alvo de elogios por parte dos presentes, que se identificaram com a mensagem passada pela música.  Segundo o engenheiro civil, Célio Ferreiro,  foi  interessante ouvir uma obra que trata da cultura sergipana. “É a primeira vez que eu ouço uma peça tratando da cultura nordestina. Embora não goste muito de composições modernas, esta sobre a cultura sergipana me surpreendeu”, disse.

Para o estudante José Mendes, que assistia o concerto da Orsse na companhia da namorada pela primeira vez, os músicos que a Orsse traz como convidados para as suas apresentações são um atrativo a mais para o público. “A gente tem acesso a renomados músicos, que tocam junto com a nossa orquestra. Isso estimula a vinda aos concertos. Nunca tinha vindo e agora venho sempre”, declarou.

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