Oncologia do Huse realiza baile de carnaval em homenagem à Chacrinha

Confete, serpentina e muito frevo foram os principais ingredientes do baile carnavalesco realizado nesta quinta-feira, 11, no Centro de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse). A festa contou com a participação de pacientes, acompanhantes, voluntários e profissionais de saúde que se integraram numa grande confraternização.
 
O evento, que já se tornou tradição na unidade, é uma forma de promover a inclusão social dos pacientes internados e estimular o espírito de coletividade entre a equipe de cuidadores. Cientes da nova missão que têm pela frente, estudantes de medicina da Universidade Federal de Sergipe (UFS) também caíram na brincadeira para mostrar a importância da humanização. “É uma experiência única. A gente pensava que todo hospital era dominado apenas pela tristeza. Quando cheguei aqui me deparei com tanta felicidade. Saio até renovada”, relatou a universitária Larissa Habib.
 
Homenagens
 
A banda de música do Corpo de Bombeiros garantiu a animação dos foliões. Fantasiados, eles dançaram embalados pelas marchinhas de carnaval que marcaram época e fazem sucesso até hoje. Em mais uma edição da festa, a Oncologia homenageou José Abelardo Barbosa, o eterno ‘Chacrinha’, um dos apresentadores mais renomados da televisão brasileira, responsável pela popularização do veículo como meio de comunicação de massa.
 
“A figura irreverente que ficou marcada na história representa muito bem a energia contagiante vivida por todos que compõem a oncologia”, informou a coordenadora do órgão, Rute Andrade. Vestido de maneira simbólica e com a buzina na mão, o técnico em enfermagem Willian Victor caprichou no figurino para encantar a meninada. “Estou me divertindo muito. O fato de arrancar um único sorriso já é gratificante”, concluiu. 
 
Superação
 
Moradora da cidade de São Domingos, a pequena Ester, de apenas quatro anos de idade, participou da folia vestida a caráter. A menina, que luta contra um tumor no intestino, é um exemplo de superação para a própria mãe. “Esta é a primeira vez que participamos de um carnaval. Nem consigo explicar o que eu estou sentindo ao ver minha filha ao lado de tantas crianças sem desanimar”, contou a dona de casa Rosivânia de Jesus.  
 
Estudos científicos mostram que a alegria auxilia na recuperação dos pacientes em tratamento. Informação comprovada pela oncologista pediátrica Rosana Cipolotti. “Esse encontro só serve de estímulo para quem acaba de receber o diagnóstico da doença. Aqui eles têm um contato direto com os pacientes curados e se sentem ainda mais motivados”, explicou a médica. 
 
Um exemplo é Magnólia Santos, que decidiu lutar pela vida. A celebração desse novo momento aconteceu durante o baile. “Há duas semanas iniciei as sessões de radioterapia para curar um câncer de mama. Tenho esperança de que a situação vivida hoje por mim e por minha família será passageira”, contou a paciente.   
 
Segundo o diretor geral em exercício da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), Emanuel Messias, ações como essa fazem parte de uma política permanente de humanização. “Além de preservar a cultura popular, nossa missão é acolher os pacientes promovendo qualidade de vida para aqueles que dependem do Sistema Único de Saúde”, pontuou.