Oncologia do Huse cria clube para pacientes traqueostomizados

Orientar para socializar. É com esse objetivo que profissionais do Centro de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) estão semanalmente reunidos para traçar metas nos casos que acontecem na unidade. O caso debatido durante a reunião desta semana foi a criação do Clube dos Pacientes Traqueostomizados (pacientes que são submetidos a um procedimento cirúrgico no pescoço, que estabelece um orifício artificial na traquéia, abaixo da laringe) e que sofrem com o isolamento depois do procedimento.

Médico, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, enfermeiro, assistente social, gerentes assistenciais e administrativos estão envolvidos no processo para orientar os acompanhantes sobre os cuidados com o paciente, que após a cirurgia, passa a conviver com uma nova realidade. “O paciente passará a ter uma nova realidade. Ele vai respirar e comer diferente. Vai ter uma dificuldade de socialização com a família e com outras pessoas”, explica a cirurgiã de cabeça e pescoço, Moana Cavalcante.

Ela defendeu a criação do clube durante a reunião e falou sobre a importância dele para a vida do paciente traqueostomizado. “O clube vai dar um suporte técnico e emocional para este paciente. Além disso, vai desmistificar, dar orientação técnica e mostrar para o paciente, para a família e para os próprios profissionais que o paciente pode ter quase todas as atividades que realizava antes”, afirmou.

A coordenadora da Oncologia, Rute Andrade, informou que antes do paciente entrar para a consulta médica, ele será abordado por toda a equipe. “O paciente se isola porque muitas vezes não tem a informação correta quanto aos cuidados com o traqueostomo. Então, eles se isolam com vergonha, por isso, é fundamental que toda a equipe esteja envolvida nesse processo”, destacou.