Oficinas de xilogravura estimulam jovens a obter uma fonte de renda através da arte
A xilogravura é uma técnica de gravura na qual se utiliza a madeira como matriz, e possibilita a reprodução da imagem gravada sobre papel ou outro suporte adequado. É um processo muito parecido com um carimbo e que tem se destacado e se difundido bastante nos últimos anos em Sergipe.
Através do Edital de Apoio a Oficinas Culturais, promovido pelas Secretarias de Estado da Cultura (Secult) e da Inclusão, Assistência e do Desenvolvimento Social (Seides), e que faz parte do plano ‘Sergipe Mais Justo’, o Governo do Estado tem levado esta prática para algumas regiões da grande Aracaju. No conjunto Augusto Franco, na zona sul da capital e no município de Barra dos Coqueiros, por exemplo, dois agentes culturais decidiram difundir esta arte para ainda mais pessoas.
O artista plástico, Elias Santos, que tem vasta experiência com a xilogravura, por exemplo, é proponente da oficina ‘Gravura em Xilo Estampa’, realizada no Augusto Franco. Segundo ele, a oficina surgiu por uma vontade que ele tinha de produzir algum trabalho naquela região, de onde é morador. “Fiquei muito feliz com o edital, pois me dava a oportunidade realizar um antigo desejo de fazer uma oficina no Augusto Franco. Após ser aprovado, apresentei a escola e fui muito bem recebido tanto pelo corpo docente quanto pelos alunos”, explica.
Nesta oficina os jovens estão aprendendo as técnicas da xilogravura aliadas ao silk, com o objetivo de estampar camisetas ou outros tecidos, como forma de obtenção de renda. “A oficina tinha um público inicial de 15 pessoas, mais a adesão foi muito grande e fiquei com uma turma de 42 alunos. Por isso estou passando tudo muito detalhadamente para eles, para que eles aprendam de verdade todas as técnicas e no final sejam novos multiplicadores da xilogravura e da xilo estampa”, argumenta Elias Santos, ressaltando que a oficina deve ser encerrada no mês de novembro.
Para o gravurista a ideia do Edital de Apoio a Oficinas Culturais foi muito positiva, principalmente por ter como base um conceito muito importante que é o de disseminação da cultura. “Esses jovens que começam a fazer uma oficina como essa, podem tomar gosto por arte através da xilo e mais tarde se interessar por outro meio artístico. Com iniciativas como essa formamos multiplicadores da cultura, e para nós artistas, é muito importante ver que o poder público está começando a ter essa visão”, finaliza.
Barra dos Coqueiros
A xilogravura também está foi difundida no município da Barra dos Coqueiros, através do Edital de Oficinas. Pela iniciativa do gravurista, Carlos Gustavo Mascarenhas, cerca de 15 adolescentes foram beneficiados com um curso que proporcionou a aprendizagem da arte da xilogravura, como forma de valorização da cidade e de obtenção de renda. As aulas aconteceram uma vez por semana e tiveram um total de 40 horas aula.
De acordo com Carlos Gustavo, a ideia da oficina surgiu como forma de dar continuidade a um projeto que ele já desempenhava há alguns anos com a comunidade da Barra dos Coqueiros. “Vi que era um projeto que poderia casar bem com a proposta do Edital de Oficinas Culturais e resolvi me inscrever. Fiquei muito contente com a classificação e mais ainda com o resultado final da oficina”, destaca.
Segundo ele, os jovens da comunidade foram muitos adeptos ao curso e se mostraram verdadeiros artistas no decorrer das aulas. “Como produto final fizemos uma cartilha com as gravuras produzidas por eles e que retrata a cidade. Este material foi muito elogiado pela prefeitura da cidade e também pela própria comunidade, que acompanhou de perto o andamento do projeto”, completa Carlos Gustavo, informando ainda que na terça-feira, 10 de setembro, serão entregues os certificados aos concludentes da oficina.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Oficinas de xilogravura estimulam jovens a obter uma fonte de renda através da arte – Fotos: Ascom/Secult