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Pela primeira vez exibido em Sergipe, o filme ‘O Senhor do Labirinto’ atraiu centenas de pessoas ao Teatro Tobias Barreto (TTB) na noite dessa segunda-feira, 12. Como parte da programação de abertura do 11º Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe (Curta-SE), o filme conta a fascinante história de vida do artista plástico japaratubense Arthur Bispo do Rosário. Desde 2007, o festival vem recebendo apoio fundamental do Governo do Estado, neste ano, através das secretarias de Estado da Cultura (Secult) e da Comunicação (Secom).

Ainda na abertura, o público acompanhou a entrega do troféu ‘Ver ou não ver’ ao homenageado da noite: Cláudio Prado, do Laboratório Brasileiro de Cultura Digital, e ao final foram presenteados com o show da cantora norte-americana Jessie Evans, que mostrou, em seu estilo, toda sua mistura de punk rock, jazz e funk.

Representando o governador do Estado de Sergipe, Marcelo Déda, a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, destacou a importância do festival para o fomento do audiovisual em Sergipe, como também falou sobre essa nova fase em que o poder público vem dando incentivo às produções cinematográficas no estado.

“O Curta-SE é um divisor de águas para o cenário do audiovisual em Sergipe. Este é um projeto de todos nós, que é responsável não só pela difusão, mas pela produção de material audiovisual no estado”, diz a secretária. Eloísa reforça ainda que o filme ‘O Senhor do Labirinto’, filme patrocinado pelo Governo do Estado, é um marco para a relação do poder público com o audiovisual em Sergipe.

“Estar aqui hoje na abertura com a exibição do longa ‘O Senhor do Labirinto’ representa uma nova fase para o poder público, que vem apoiando a produção cinematográfica em Sergipe. Além disso, é importante lembrar que nós desenhamos um modelo de mão-de-obra, em sua maioria, de sergipanos na produção do filme, sobretudo o público que está fora dela e participa da película, como as bordadeiras de Japaratuba e os próprios detentos do nosso sistema carcerário”, explanou Eloísa.

Também presente na abertura do festival, o diretor do filme, Geraldo Motta. Emocionado, fez questão de agradecer aos representantes do poder público, lembrando o apoio que recebeu na época da produção. “Agradeço em especial ao governador de Sergipe, Marcelo Déda, ao prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, e a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino – que na época era a secretária de Estado da Comunicação. É um trabalho feito com recursos daqui, e com pessoas daqui. Por isso, é um orgulho estar aqui hoje exibindo este filme”, destacou o diretor.

O filme

‘O Senhor do Labirinto’ é inspirado no livro homônimo, de Luciana Hidalgo. O filme retrata a história de Arthur Bispo do Rosário, sergipano de origem simples, vítima de esquizofrenia, que viveu assombrado por misticismos e alucinações nas instituições psiquiátricas pelas quais passou entre 1938 e 1989, ano de sua morte.

Durante as filmagens, 120 pessoas trabalharam na produção da película, sendo 90 sergipanas. A produtora Tibet Filmes foi a responsável pela execução do projeto, que na época contou com o patrocínio, também, do do Governo de Sergipe. Já foi apresentado no Festival de Cinema de Gramado, Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e Festival de Cinema do Rio, onde ganhou o Troféu Redentor de Melhor Filme de Ficção Brasileiro, eleito pelo júri popular.

Eloísa Galdino enfatiza o quanto o filme é tocante e como ele é forte ao abordar uma trajetória de vida dentro do sistema manicomial. “O filme retrata a vida de um sergipano, que mesmo dentro deste sistema fechado que é o manicomial, produz uma arte que ganhou reconhecimento mundial. Bispo não se via como artista, como representante da arte contemporânea. Mas a critica viu em seu legado um exemplo de arte que dialoga com que há de mais contemporâneo. Para nós é uma honra ver a materialização deste trabalho, que conta uma belíssima história de vida”, disse.

Questionado sobre a pesquisa e composição do personagem, o intérprete de Arthur Bispo, o ator Flávio Bauraqui, afirmou que este trabalho exigiu uma entrega por completo dele. Já em relação à pesquisa, ele disse ter sido totalmente feita através da audição. “Lembro que antes das gravações, eu ficava pensando como teria a voz desse anjo. Então, peguei um mp3, coloquei um material original com a voz dele e dormia e acordava escutando aquilo. Ele foi me dando de presente isso e eu fui chegando ao seu tom”, contou o ator.

Curta-SE

Em sua 11ª edição, o Curta-SE vem se firmando como um dos mais respeitáveis eventos do calendário nacional do audiovisual. Criado em 2001, o festival tratava-se de um projeto pequeno com a mostra de 50 filmes inscritos. Desde sua primeira edição, ele é idealizado e organizado pela ex-professora de Educação Física e amante de cinema Rosângela Rocha – atual diretora da Casa Curta-se. Nesta edição, 605 filmes foram inscritos, sendo 135 selecionados para a exibição.

Segundo Rosângela, a idéia inicial do Curta-SE era reposicionar Sergipe no cenário do audiovisual, mas mesmo assim ela não tinha dimensão da amplitude que tomaria o projeto. “Nossa idéia era reposicionar nosso estado nesse cenário e mostrar os trabalhos que eram feitos na universidade. Tirar eles das prateleiras. Hoje é um imenso orgulho fazer a abertura do festival com esta película emblemática, que homenageia o nosso Arthur Bispo do Rosário”, enfatizou.

A 11ª edição do Curta-SE ocorrerá de 12 a 17 de setembro nas cidades de Aracaju, São Cristóvão, Laranjeiras e Estância. Este ano, o festival terá como temática ‘Territórios’ e proporcionará o acesso a produções cinematográficas no estado com a exibição das mostras competitivas e informativas e com apresentações musicais durante os seis dias do evento. As exibições serão realizadas no Teatro Tobias Barreto, Cinemark, Sesc Centro, Universidade Tiradentes e nos campi da Universidade Federal de Sergipe.

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