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O Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (HUSE) registrou em abril o número recorde de quase 23 mil atendimentos em todas as unidades de urgência e emergência – Pronto Socorros Infantil e Adulto, além da Área Vermelha, que atende aos pacientes antes destinados ao antigo Centro de Trauma. Em comparação à média mensal histórica do hospital, de 13 mil atendimentos de urgência e emergência, o resultado chega a ser 80% superior.

O número é o maior registrado pelo HUSE nos últimos cinco anos. Segundo o secretário de Estado da Saúde, Rogério Carvalho, o aumento nos atendimentos é conseqüência direta do surto epidêmico de dengue registrado no Estado e prova de que, mesmo em períodos de instabilidade, o HUSE já demonstra sinais claros de melhora efetiva na agilidade da assistência prestada aos sergipanos.

"Para darmos suporte e garantir o atendimento pleno a todo esse excesso na demanda, praticamente abrimos um novo hospital, com a implantação de 105 leitos de hidratação para pacientes com suspeita de dengue, dos quais 40 para adultos e 65 para crianças", explicou o secretário. "As equipes do HUSE têm trabalhado incansavelmente e o Governo do Estado registra aqui publicamente seus agradecimentos ao emprenho de todos", acrescentou.

Os leitos foram instalados em cinco áreas distintas: nos antigos Centro de Trauma, Pronto-Socorro Adulto, área de Classificação de Risco e também no Pronto-Socorro Infantil. Somente esta última ala registrou 6.162 atendimentos, número seis vezes maior que a média  mensal da unidade, que sempre girou em torno de 1,5 mil. Já na nova urgência e emergência, que engloba também das Áreas Vermelha e Amarela para pacientes mais críticos, o total de atendimentos atingiu em abril cerca de 16,5 mil.

Qualidade

Segundo Josias Dantas Passos, diretor-geral do HUSE, apesar do aumento significativo no número de atendimentos, o hospital vem cumprindo rigorosamente os protocolos e procedimentos recomendados pelo Ministério da Saúde (MS) para atendimento a pacientes com suspeita de dengue com a realização da reidratação oral, prova do laço e a aferição da pressão arterial do paciente ainda no momento do acolhimento.

Mesmo com o aumento significativo no número de atendimentos, pacientes internados nas áreas exclusivas para tratamento contra a dengue reconhecem a qualidade na assistência prestada pelo HUSE. É o caso de Gilvanete Santos, moradora do município de Laranjeiras, que acompanhava a filha de 15 anos, Maria Josicleide, vítima de dengue. "Ela já chegou aqui com febre alta, quase desmaiando e foi rapidamente atendida. Não temos do que reclamar, o atendimento está excelente", elogiou.

Elenilda da Conceição, moradora do bairro Industrial, zona norte de Aracaju, também ressaltou o bom atendimento recebido. "Como uma das minhas filhas já teve dengue, assim que os sintomas apareceram vim logo para o HUSE. Desde que cheguei aqui, o atendimento está sendo bem feito e os enfermeiros têm demonstrado muita atenção com todos", afirmou.

Exames

O diretor-geral do HUSE fez questão de frisar que  um crescimento significativo como esse registrado em abril no número de atendimentos tem reflexos imediatos em relação a todas as demandas internas do hospital, como no uso de medicações e na realização de exames. "Não apenas aumentam as demandas por exames como principalmente por medicação. Há alguns exames que no mínimo são feitos até quatro ou cinco vezes, como no caso daqueles para acompanhamento do nível de plaquetas", salientou Josias Passos.

E os números também confirmam todo o esforço do governo de Sergipe, através  da Secretaria de Estado da Saúde (SES), para garantir a plena assistência aos usuários do SUS que  procuram o HUSE. O hospital, que realizava  uma média diária de 200 hemogramas (exame para detectar o nível de plaquetas, leucócitos e bastões), desde o ínicio de abril vem fazendo uma média de 800 desses exames por dia. Outro exame também solicitado  nos casos de pacientes com dengue, as ultra-sonografias também registraram um crescimento no mês passado da ordem de 45%, saltando de cerca de 55 ao dia para 80.

Classificação de risco

De acordo com o diretor geral do HUSE, a implantação do acolhimento com classificação risco na nova urgência e emergência, cujos serviços funcionam temporariamente no prédio do futuro Hospital Infantil Dr. José Machado de Souza desde 16 de março, vem assegurando uma nova dinâmica e maior qualidade aos serviços. "Uma das grandes vantagens da classificação de risco é que esse modelo prioriza todos os pacientes graves", explicou.

Em função disso, segundo ele, os casos de atendimento ambulatorial tendem a demorar um pouco mais, mas sem qualquer prejuízo para o quadro clínico do paciente ou mesmo no atendimento desses pacientes. "Com a classificação de risco, há um aumento natural do intervalo entre a chegada do paciente menos grave e o atendimento pelo médico, até porque  ele tem condições de esperar um pouco mais sem comprometer seu quadro clínico", afirmou.

No caso dos pacientes com suspeita de dengue, Josias Passos lembrou que caso os serviços de urgência e emergência não tivessem sido transferidos provisoriamente para o prédio do hospital infantil, a situação no HUSE poderia ter ficado insustentável com  o quadro de epidemia da doença. "Nós não teríamos como aumentar 105 leitos, atender a um incremento de aproximadamente 80% no atendimento geral de adultos e crianças. Não haveria nem espaço nem número de profissionais, muito menos condição ambiental para se atender toda a essa demanda", declarou.

Mais leitos e médicos

Para fazer frente à epidemia de dengue e à crescente demanda de atendimentos no HUSE e demais hospitais sob controle do Estado, o Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES), vem desencadeando uma série de ações como a abertura de 300 leitos de hidratação para pacientes com dengue na capital e no interior.

Além dos 105 do HUSE, outros 200 leitos estão distribuídos nos hospitais das cidades de Nossa Senhora da Glória, Itabaiana, Ribeirópolis, Nossa Senhora do Socorro, Neópolis, Carira, Boquim, Canindé do São Francisco, Lagarto, Itabaianinha, Laranjeiras, Simão Dias, Maruim e Tobias Barreto. A medida faz parte do elenco de ações que o Estado vem adotando para assegurar de forma emergencial o atendimento pleno aos pacientes.

Também o número de médicos vem sendo ampliado para enfrentar a superlotação. A SES iniciou a contratação de 102 profissionais para atuar emergencialmente nas diversas frentes de combate à dengue no HUSE e hospitais do interior que também registram significativo aumento no número de atendimentos como em Itabaiana, Nossa Senhora da Glória e Nossa Senhora do Socorro.

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