Municípios susceptíveis à desertificação são orientados sobre projetos estruturantes
Técnicos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) se reuniram na manhã desta quinta-feira, 17, em Monte Alegre, com prefeitos, secretários municipais de Meio Ambiente e órgãos públicos municipais e do Governo do Estado com a finalidade de apresentar as propostas e os projetos que buscam amenizar e equilibrar os efeitos da desertificação no solo sertanejo de Sergipe.
Segundo a técnica da Semarh e coordenadora do Grupo Intermunicipal Permanente de Combate à Desertificação de Sergipe (GPCD), Vera Cardoso, o encontro em Monte Alegre foi motivado por melhor esclarecimento a cerca dos projetos e ações que estão sendo trabalhados pelo Governo do Estado com relação ao processo de combate à desertificação nos municípios sergipanos.
“Muitas ações da Semarh corroboram com o enfrentamento aos efeitos da Seca. Entretanto, urge a necessidade de um plano intrínseco, dedicado com maior potencial ao processo de desertificação”, assegura.
Revela que a Semarh elaborou em 2012 o Programa de Ação Estadual de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca. “Nesse processo, teve apresentação e estratégias de enfrentamento as condições adversas que desencadeiam a ocorrência de desertificação no semiárido, em razão da necessidade de se conservar a vida social, econômica, política e ambiental das comunidades pertencentes às Áreas Susceptíveis de Sergipe”, enfatiza a técnica.
Vera Cardoso destacou ainda que um momento impar da reunião foi o de conhecimento do Pae, o que possibilitará que os municípios iniciem a elaboração do Plano Municipal de Combate à Desertificação. “A partir do plano, é criada a oportunidade de galgar recursos financeiros em favor do projeto elaborado junto ao Governo Federal”, concluiu.
Em Sergipe, as cidades de Canindé de São Francisco, Gararu, Monte Alegre, Nossa Senhora de Lourdes, Nossa Senhora da Glória, Poço Redondo e Porto da Folha enquadram-se em áreas susceptíveis à desertificação. De acordo com dados da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, no Brasil as Áreas Susceptíveis à Desertificação (ASDS) abrangem onze estados, incluindo Sergipe. São eles, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Espírito Santo e Alagoas.
Fundo Clima
Ainda durante a reunião, a equipe que desenvolve ações do Fundo Clima em Sergipe fez uma ampla apresentação sobre os benefícios do fundo para os municípios mapeados.
Atentos, através do engenheiro Florestal da Semarh, Elísio Marinho, os participantes puderam conhecer a importância do programa “Sergipe Combatendo a Desertificação em Assentamentos e Comunidades com Mecanismos e Tecnologias Sociais”, projeto que é vinculado ao Fundo Clima do Ministério do Meio Ambiente.
Segundo o técnico da Semarh, além de se fazer programa conhecido, a interfase entre o GPCD com as ações do Fundo Clima inspiram resultados ainda maior êxito para ambos processos. “Os processos se interlaçam diante do propósito de cada um para o efeito da seca no semiárido”, compartilhou Elisio.
Explicou ele também que o programa do Fundo Clima requer a criação de duas Unidades Demonstrativas, que irão trabalhar com temas envolvendo o manejo florestal, a recuperação de áreas degradadas, eficiência energética e cadeia produtiva.
“Além das unidades, existem sub-projetos a serem trabalhados e cerca de 20 propostas a serem executadas. Para tanto, uma seleção dessas propostas (projetos) deverá ser feita a partir da formação do Comitê do Programa. A perspectiva é que já formemos esse comitê a partir dessa reunião”, comentou ele.
Satisfeito com a reunião, o prefeito da cidade de Monte Alegre, Antonio Fernandes, comentou que cogita a possibilidade do município ser o primeiro a elaborar o Plano Municipal de Combate á Desertificação pela necessidade da região. “Atravessamos longos período de seca e nosso município deve estar melhor preparado para lidar com a situação”, ressaltou o gestor.
Mesma consciência tem o secretário de agricultura do município de Poço Redondo, José Fernandes da Silva. “Cuidando melhor do Meio Ambiente do semi-árido, com técnicas e manejos que levem a uma qualidade melhor sustentável para a região, é o caminho que queremos caminhar”, frisou.
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- Municípios susceptíveis à desertificação são orientados sobre projetos estruturantes – Fotos: Ascom/Semarh