Municípios demonstram crescimento econômico descentralizado e plural em Sergipe
Uma política de crescimento econômico de qualidade e com resultados práticos tem que levar em consideração a garantia de oportunidades para todos. E isso é o que realiza o Governo de Sergipe, através das ações praticadas pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), que apoia cada vez mais a instalação de indústrias em diversos municípios do interior sergipano, levando emprego e renda para populações que, até então, não tinham grandes perspectivas profissionais.
Para o gestor da Sedetec, Zeca da Silva, essa é uma forma do governo corrigir distorções na distribuição de renda, garantindo empregos em cidades interioranas. Durante visitas realizadas a diversas indústrias nesta semana, Zeca conferiu de perto a transformação na realidade desses municípios e na vida das pessoas. “Cidades como Ribeirópolis e N. S. Aparecida, por exemplo, tem uma tradição agrícola muito forte. Mas a chegada de indústrias como a Estrela tem garantido para a juventude chances de evolução profissional. Com isso, esses jovens acabam investindo também em educação, em aperfeiçoamento técnico, e, com isso, realizam uma transformação positiva na vida deles e de suas famílias”, avaliou .
Além da visita à fábrica da Estrela, localizada na comunidade da Serra do Machado, em Ribeirópolis, Zeca da Silva, acompanhado do diretor presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial e de Recursos Minerais do Estado de Sergipe (Codise), Décio Portella, e do diretor industrial da companhia, João Lima, também visitou a fábrica da Itabaiana Fios, na mesma cidade. De lá, a visitação prosseguiu em direção à fábrica de calçados da West Coast, em Nossa Senhora Aparecida, e encerrou-se em Itabaiana, onde o secretário visitou as fábricas da K3, de lentes oftalmológicas, e da Alumínio Serrano, de panelas, estas localizadas no distrito industrial do município.
“Nossa visão é de que a política do governo está no caminho certo, investindo no desenvolvimento industrial. E é muito bom ver tanto desenvolvimento, tantos empregos gerados nessas cidades”, disse o diretor presidente da Codise, Décio Portela.
Já o diretor industrial da companhia, João Lima, avaliou positivamente as visitas e aproveitou para levar a nova marca da Codise para os empresários. “Nossa marca deve constar nas placas que identificam que o empreendimento é incentivado pelo governo. E isso é bom porque também ajuda a outros empreendedores procurarem o apoio governamental. Dessa forma Sergipe pode seguir crescendo e a população sendo beneficiada com cada vez mais empregos”, concluiu.
Empresas visitadas
Estrela – já em funcionamento, a fábrica de brinquedos Estrela recebeu apoio através da Codise. Mas contou também com uma decisiva gestão do empresário João Carlos Paes Mendonça, do Grupo JCPM, na sua atração para o Estado. Localizada na comunidade da Serra do Machado, em Ribeirópolis ( distante 75km de Aracaju), a Starcom, nome oficial do empreendimento, gerará cerca de 400 vagas quando estiver em pleno funcionamento. Já está com uma de suas linhas de montagem funcionando, produzindo bonecas que são distribuídas para os Estados de Bahia, Pernambuco e Sergipe. “Apenas o olho colocado nas bonecas ainda não é fabricado aqui. No mais, nossa linha de produção é completa, podendo atender qualquer um dos mais de 350 modelos de brinquedos que a Estrela possui”, disse o gerente industrial do empreendimento, João Gomes.
Itabaiana Fios – mesmo levando o nome da famosa cidade interiorana, a Itabaiana Fios fica em Ribeirópolis, cidade que tem se destacado em termos industriais. Absorvendo cerca de mil toneladas de algodão por mês, a empresa produz em torno de 900 toneladas de fios mensalmente, gerando 75 empregos. Um maquinário moderno, de última geração, garante um produto de qualidade que é comprado por empresas da região Sudeste, em sua maior parte. Mas as regiões Sul e Nordeste também são atendidas pela produção da indústria. “Aliás, o Nordeste hoje concorre em pé de igualdade com o Sul em relação a absorção da nossa produção”, calcula o diretor presidente da Itabaiana Fios, José Alves. Com dez anos de operação, o empreendimento conta com incentivos do governo estadual, através da Codise, mas não para de investir em melhorias e ampliações. “Temos que fazer isso para manter a competitividade”, diz Alves.
West Coast – as operações da West Coast em Sergipe têm dado tão certo que mais duas cidades já possuem unidades da fabricante de calçados, N. S. da Glória e Salgado. Mas é na fábrica de Nossa Senhora Aparecida (a 93 km de Aracaju) que a empresa gaúcha iniciou suas atividades em Sergipe, há cerca de um ano. Atualmente, nessa unidade, já são 500 funcionários, todos de Aparecida e da vizinha Ribeirópolis. E a produção, que chega a 60 mil pares de calçados por mês, tem 15% de seu total destinada a exportação. “Mas vale lembrar que, somando todas as nossas operações em Sergipe, já estamos com quase 800 funcionários e nossa previsão é de continuarmos contratando nas cidades em que estamos, até por conta da qualidade da mão de obra que encontramos aqui”, avalia o diretor industrial da West Coast, Carlos Bencke, demonstrando assim que a contrapartida oriunda do apoio governamental à empresa, via incentivos, resulta na geração de emprego e renda para os sergipanos.
Alumínio Serrano – a cidade de Itabaiana (a 55 km de Aracaju) sempre foi tida e reconhecida como a ‘terra dos comerciantes’. E essa máxima ainda é válida para o município, sem dúvida. Mas uma nova faceta do empreendedorismo itabaianense começa a surgir: a crescente industrialização. É o caso da Alumínio Serrano, empresa que fabrica panelas do mais variados tipos e modelos, como assadeiras, formas de bolo, frigideiras, cuzcuzeiros, enfim, tudo o que é necessário para uma cozinha completa. A sua produção, de cerca de 2000 peças por dia, atende os mercados de Sergipe, Bahia e Alagoas, e a empresa emprega atualmente 23 pessoas. “Mas temos planos de expansão, inclusive pelo nosso produto estar ganhando cada vez mais reconhecimento em todos os lugares. Já fomos sondados para exportar para Angola e Cabo Verde”, ressaltou a diretora presidente da empresa, a senhora Ivanete. E entre os apoios concedidos pelo governo ao empreendimento está a local onde a fábrica funciona, no Distrito Industrial de Itabaiana.
K3 Laboratório Óptico – também localizado no Distrito Industrial de Itabaiana, o K3 Laboratório Óptico faz parte da revitalização da área, que vem sendo promovida pelo governo estadual e que tem resultado na atração de empresas de ponta, caso da K3. Recebendo a maior parte de seus pedidos on-line, a empresa possui quase 300 clientes entre Sergipe, Bahia e Alagoas, sendo que cerca de 80% de sua produção atende ao mercado sergipano. Com capacidade de produção de 800 pares de lentes por dia, a K3 objetiva estabelecer uma quantidade máxima de 400 pares/dia. “Isso é por conta da excelência que desejamos para o nosso produto. Mexemos com a saúde das pessoas, então a quantidade não pode suplantar a qualidade”, diz o empresário Brasil, proprietário da indústria de lentes, que ressalta ainda alto nível de seus empregados. “Essa é uma mão de obra muito específica. A maior parte dos meus funcionários fui eu mesmo que formei. Tem deles aqui que trabalham comigo desde a adolescência. Somos mesmo uma família”, salienta Brasil, ao se referir aos 23 colaboradores que a empresa abriga atualmente.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Municípios demonstram crescimento econômico descentralizado e plural em Sergipe – Fotos: Vieira Neto/Sedetec