Moradores de Monte Alegre comemoram revitalização de praça
“A mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores, o mesmo jardim, tudo é igual…”. Por mais bonita e melodiosa que possa soar a marchinha composta por Carlos Imperial e eternizada na voz do cantor Ronnie Von, no final da década de 60, ela jamais serviria como tema para as praças construídas e revitalizadas pelo Sergipe Cidades.
Do que era antigamente, na Praça Presidente Médici, na cidade de Monte Alegre de Sergipe, – localizada no Alto Sertão Sergipano -, que foi revitalizada pelo Programa fruto da parceria entre o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano (Sedurb), nada é igual, a não ser algumas árvores que já existiam e foram mantidas, entre elas um pé de tamarindo.
Executada pelo Programa que tem, entre seus maiores objetivos, promover o desenvolvimento urbano, social e econômico de todos os municípios sergipanos, a reconstrução da praça recebeu investimentos no valor de R$ 427.387.11 e foi uma demanda pleiteada durante as conferências do Planejamento Participativo, realizadas antes da implantação do Sergipe Cidades e hoje atende um anseio antigo dos moradores da cidade.
O projeto
Desenvolvido pela arquiteta e urbanista da Sedurb Viviane Góes, o projeto de revitalização da praça assemelha-se a outros executados no Programa pela Secretaria Estadual. “A maioria dos projetos de praças elaborados segue um mesmo padrão, respeitando o espaço de cada lugar e algumas particularidades”, conta.
Ela acrescenta que, no caso da Praça Presidente Médici, em Monte Alegre, houve algumas peculiaridades durante sua elaboração. “Por ser a principal praça e estar situada no coração da cidade, além de ser o espaço onde é realizada a feira livre do município, foi necessário adequarmos o projeto às principais necessidades dos moradores e isso também incluiu iluminação moderna e cestas específicas para a coleta de lixo”, explica Viviane.
A arquiteta diz ainda que tudo foi pensado de maneira a oferecer maior conforto aos usuários. “Os espaços ficaram mais largos, os canteiros foram elevados, preservamos algumas árvores existentes e, no lugar de outras, plantamos mudas de brasileirinho, mulungú, aroeira e nim indiano, espécies adaptáveis ao clima da região. Para não exceder no uso de materiais de concreto e metálico, optamos por utilizar o eucalipto para circundar o playground, o que deixou a área mais aconchegante”, justifica.
A Praça
Segundo Viviane, o espaço físico foi muito bem aproveitado. “A distribuição dos complementos foi feita de maneira proporcional, a fim de preencher o logradouro sem exageros, uma vez que ele possui uma extensão muito grande. Dessa forma, os três pórticos, os cinco pergolados e os 44 bancos de cimento com encosto de madeira foram estrategicamente bem colocados, favorecendo a harmonia do local”, enfatiza.
Para a arquiteta, houve uma grande preocupação em manter o equilíbrio na instalação dos demais elementos. “Os equipamentos destinados ao lazer ficaram próximos uns dos outros, deixando a praça com ambientes variados. Assim, os brinquedos do playground não se distanciaram das cinco mesas de jogos, tornando o determinado espaço em uma área de diversão ao ar livre”, descreve.
Ela destaca que, no período da elaboração do projeto em conjunto com os arquitetos Erley Rezende e Dora Diniz, a comodidade da população esteve sempre em primeiro plano. “Uma praça que possui uma boa quantidade de árvores merecia um jardim à altura. Dessa forma, o projeto paisagístico foi contemplado com mudas de plantas e canteiros que receberam 425 m² de grama verde esmeralda. Para deixar o local ainda mais agradável decidimos projetar um coreto, que resgata as praças de décadas passadas e imprime um charme a mais”, ressalta.
Ela destaca que os idosos e as pessoas com mobilidade reduzida também não foram esquecidos. “Mais do que seguir a regra padrão de acessibilidade, fizemos com que todo o logradouro, que possui 1.524 m² de área construída, fosse circundado com piso tátil e as rampas de acesso foram muito bem distribuídas”, declara.
Desejo concretizado
De acordo com o prefeito municipal, João Aragão, o sonho esperado pela população, enfim, foi realizado. “De todas as obras realizadas pelo Governo de Sergipe em Monte Alegre, essa, sem dúvida, foi a que causou mais repercussão entre os moradores. Há muito tempo eles ansiavam por essa reforma e depois de concluída a aceitação é de 100%”, afirma.
As declarações do prefeito são reafirmadas pelos habitantes da cidade. Marcela Felix Lima, 28 anos, define como excelente a reforma da praça. “Antes apenas uma parte da praça era urbanizada, no restante havia apenas um terreno dividido entre mato e chão batido. Agora as pessoas têm um lugar apropriado para namorar, passear, se divertir. Eu mesma sou freqüentadora constante”, revela.
A balconista Giulia Samara Oliveira tem opinião semelhante à Marcela. “A cidade ficou com um ar diferente, renovado, até o movimento aumentou. De crianças a idosos, todos os moradores agradecem ao Governo por essa obra maravilhosa”, gaba-se.
O empresário Asteclides Pereira, 28 anos, comenta que a revitalização do logradouro modificou a vida da população. “Pode parecer algo simples, mas a transformação que aconteceu nessa praça trouxe mais vida, mais alegria, mais presença. As pessoas passaram a freqüentar mais o lugar, os visitantes que passam pela rodovia às margens dela, agora param e vêm passear. Digo isso porque tenho comércio há seis anos e o movimento no meu estabelecimento comercial melhorou”, garante.
Imprescindível
O Secretário de Estado do Desenvolvimento Urbano, Antonio Sérgio Ferrari Vargas, avalia como imprescindíveis as obras executadas pelo Programa. “Muito mais do que deixar uma cidade bonita, essas obras de infraestrutura resgatam a dignidade e elevam a autoestima dos moradores do interior sergipano. Da mesma forma que cada cidadão gosta de ter a sua casa arrumadinha e bonita, ele também precisa de um lugar decente para passear, levar a família, encontrar os amigos”, analisa.
Sem fazer o uso de clichês, Sérgio Ferrari reitera que o homem será sempre produto do meio. “Um habitante que possui elementos fundamentais para a sua sobrevivência, como moradia, segurança, saúde, educação e lazer, terá sempre bons exemplos para mostrar a seus filhos e também para a sociedade”, assegura.
Ele reafirma que projetos dessa natureza tocam o mais íntimo das pessoas. “Ao construir ou revitalizar espaços públicos como este, o Sergipe Cidades contribui com a história dos cidadãos, ao mesmo tempo em que faz uma paráfrase à marchinha cantada pelo Ronnie Von, cuja estrofe final cita que o tempo passa, as pessoas crescem, mas a felicidade encontrada algumas vezes em bancos de praça, onde muitos amores foram iniciados, jamais será esquecida”, conclui.
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