[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

A suspeita do aparecimento da bactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC) – conhecida como Superbactéria KPC – na Área Amarela (unidade semi-Intensiva) do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), envolveu nos últimos dias o trabalho constante de bacteriologistas e infectologistas do hospital.

O receio partiu de uma amostra de urina de uma paciente com 75 anos, diabética e gravemente enferma, que havia sido internada há mais de um mês com infecção respiratória e estava em tratamento com antibióticos. Apesar de a presença da bactéria não ter sido confirmada de imediato, foram deflagradas as medidas de prevenção e controle indicadas para impedir a disseminação para outros pacientes da Área Amarela e para todo o hospital.

De acordo com a médica infectologista da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), Iza Lobo, a paciente suspeita de portar a KPC foi isolada em quarto privativo com precauções de contato, ou seja, uso de luvas, avental e álcool gel em seu manejo. “Além disso, equipamentos como aparelho de pressão, termômetro, estetoscópio e glicosímetro foram individualizados para ela e foi destacado um técnico de enfermagem exclusivamente para cuidar desta senhora”, relata.

Ainda segundo Iza Lobo, foram providenciados exames específicos para a detecção da bactéria em todos os pacientes da Área Amarela. “Inicialmente examinamos os doentes que estavam mais próximos da paciente com a suspeita. Já temos 14 resultados e, provavelmente até a próxima sexta-feira, teremos os 13 resultados pendentes. É bom destacar que os pacientes que estavam mais próximos a esta senhora já tiveram seus resultados negativos, ou seja, dificilmente aqueles que estavam mais distantes terão resultado positivo”, informa Iza.

A médica diz ainda que todos os procedimentos realizados estão respaldados tecnicamente em recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e instituições competentes. “A bactéria não é super poderosa, é multirresistente. Ela não ameaça pessoas como profissionais de saúde e a comunidade. A bactéria é ameaçadora para pacientes com imunidade comprometida, pacientes críticos e internados em UTI”, aponta.
 
“É importante frisar que, no Huse, pudemos enxergar a emergência e tomar as providências cabíveis de imediato, porque temos um excelente bacteriologista, excelentes equipamentos de laboratório para identificação de bactérias e uma CCIH estruturada e ativa, que mantém há quatro anos um programa de vigilância prospectiva e ativa de bactérias multirresistentes”, complementa.

Estrutura

A infectologista afirma que existe um monitoramento dos resultados das culturas que é realizado pelos sete infectologistas distribuídos por unidades do Huse – um para cada área definida. Os profissionais são responsabilizados diretamente pelas ações de prevenção e controle de infecção hospitalar.

Um dos responsáveis por esses exames é o bacteriologista Roberto Vivas. “O nosso laboratório tem que estar preparado para situações diversas, para tomar medidas preventivas e para trabalhar com o que venha a acontecer. Assim que constatamos microorganismos com perfil atípico em nossos pacientes, são tomadas as providências para evitar um maior número de contaminados, se for o caso”, explica Vivas.

O bacteriologista destaca ainda que o laboratório do hospital é um dos mais bem equipados do estado. “Em Sergipe, o aparelho que utilizamos para identificação das bactérias e teste de sensibilidade dos antibióticos só existia no Huse. Recentemente um hospital particular adquiriu modelo semelhante”, diz Roberto Vivas, que se refere ao Vitek II, um analisador de cultura microbiológica que permite obter informações necessárias para assegurar uma maior eficácia para gestão dos doentes e das despesas com a saúde.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.