Mercado de trabalho sergipano terá acompanhamento mensal

A partir desta segunda-feira, 11, o mercado de trabalho em Sergipe será acompanhado mensalmente, através da elaboração e implementação de indicadores e do monitoramento das políticas públicas de emprego e renda. Isto porque foi assinado nesta segunda-feira, no auditório da Empresa do Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese), um contrato para a prestação de serviços técnicos especializados entre a Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O contrato possibilitará a produção de estatísticas e informações para verificação dos problemas que impedem a inclusão social pela ausência de trabalho em todo o Estado. De acordo com o coordenador estadual do Dieese, Edil Soares, o contrato, que tem validade de 12 meses, tornará possível o fornecimento de informações precisas para implementar as políticas públicas no mercado de trabalho.

"Essa assinatura é de vital importância para o Estado. Quando o Governo trata de políticas públicas é fundamental se embasar em dados precisos e reais", reforçou.

Outro membro do Dieese, o economista Luís Moura, informou que convênios desta natureza já existem em cinco estados brasileiros. Ele disse ainda que o documento servirá de subsídio para intervir no mercado de trabalho e promover a realocação de trabalhadores.

Parceria

Também participa da iniciativa a Secretaria de Estado do Trabalho, da Juventude e da Promoção da Igualdade Social (Setrapis), que assinou, durante a solenidade, um termo de cooperação técnica com a Seplan. Assim, as duas secretarias de Estado conjugam esforços para acompanhar os indicadores de mercado de trabalho e fortalecer o conhecimento sobre a realidade local, baseando-se em fontes como Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), Censos e Indicadores Setoriais.

Para a secretária do Planejamento, Lúcia Falcón, tanto o contrato Seplan-Dieese, quanto o termo de cooperação técnica Seplan-Setrapis, possibilitam uma contribuição fundamental para o mercado de trabalho em Sergipe.

"Esses documentos servem como estreitamento de laços entre as instituições. A Secretaria do Planejamento entra com os dados técnicos, enquanto a Secretaria do Trabalho, Juventude e Promoção da Igualdade Socia formula as políticas de trabalho", disse ela.

O secretário do Trabalho, Renato Brandão, reforçou a importância de traduzir a realidade dos trabalhadores sergipanos de forma mais precisa. "Precisamos de ações que gerem empregos imediatos. Para isso, é preciso ter um embasamento técnico adequado em todo o Estado. Sem esse suporte técnico fica difícil contemplar a sociedade de forma eficiente", afirmou.

Também participou da solenidade o presidente da Central Única dos Trabalhadores em Sergipe (CUT/SE), Antônio Góes, que reforçou a necessidade de formular e desenvolver políticas públicas para o trabalho no Estado. "Acredito nessa contribuição do Dieese e das secretarias para qualificar e realocar os trabalhadores sergipanos", disse Góes.

Demandas

Falcón aproveitou o evento para fazer alguns pedidos ao Dieese, a exemplo do acompanhamento dos indicadores por território. Já à Setrapis, ela solicitou que fossem identificadas as demandas dos trabalhadores da construção civil por habitação.