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Adolescentes assistidas na unidade de acolhimento Izabel Abreu, unidade protetivada Fundação Renascer, concluíram na noite de quinta-feira, 18, o curso de ‘Embelezamento de pé e mão’. Mais que uma valorizada certificação do Serviço Nacional do Comércio (Senac), que abre portas profissionais, foi uma experiência da qual as participantes, incluindo a instrutora, afirmaram que saíram melhores em vários aspectos.  

Segundo elas, a interação e carinho que trocavam nas aulas noturnas deixará saudade em todas, inclusive nas demais meninas que serviam de “clientes” para a realização das aulas práticas do curso. Também foi marcante a inclusão plena de uma das participantes, que apesar de possuir limitações cognitivas e de comunicação, fez questão de participar e jamais faltou a uma aula. Bem como, outros relatos de adolescentes em busca de oportunidades para crescer pessoal e profissionalmente. 

“Foi maravilhoso, eu mesma fiquei surpresa com o desempenho e o interesse delas, que não faltaram, se dedicaram muito e aprenderam bem tudo o que foi passado. Amei trabalhar na unidade, foi a minha primeira vez aqui e espero que tenha outras, pois vou ficar com saudades”, relatou a instrutora do curso, Valmira Farias, acrescentando que, pelo menos, três delas estão aptas a fazer da capacitação uma fonte de renda. “Inclusive uma já tem um salão de beleza para ir trabalhar quando sair do acolhimento”, informou.

Durante o encerramento do curso, o diretor operacional da Fundação Renascer, Rivaldo Sobral, ressaltou para as meninas a importância de continuarem estudando. “Não é porque vocês terão o certificado que vão parar de estudar. Continuem se atualizando. E que a dedicação de vocês sirva de exemplo para as demais que ainda não tiveram a mesma chance”, disse as meninas, acrescentando que fez questão de participar do encerramento, dar os parabéns e agradecer em nome da presidência.

Aprendizado

“Nunca tive prática de cuidar de unhas, nem das minhas. Comecei a ter no curso, foi muito bom. Amei, inclusive adorei a professora também”, conta uma das concludentes de 16 anos, que é do município de São Cristóvão e está há nove meses na unidade, onde foi acolhida por causa de maus tratos de sua mãe e envolvimento com drogas. Questionada sobre alguma dificuldade nas aulas e como está sendo o período no abrigo, ela não titubeia:

“Não chegou a ser difícil não, foi bem explicado. Aprendi e dá para ganhar um dinheirinho. Aqui está sendo maravilhoso, só venho progredindo, estou tendo muitas oportunidades que nunca pensei em ter. Curso foi o primeiro, pretendo fazer outros, mas aqui eu tenho aulas de percussão, karatê, educação física, entre outras coisas”, conta a menina que cursa o sétimo ano escolar e afirma querer mudar de vida.

Para outra adolescente o certificado veio como um presente na véspera de seu aniversário de 17 anos. Residente do município de Aracaju, ela está na unidade desde janeiro. “Eu não tinha nenhuma noção de manicure, foi bom. Eu aprendi como esterilizar os alicates, aprendi também a tirar as pregas ungueais (que os leigos chamam de unha encravada) e vou sentir saudades das aulas e da professora”, conta dominando a nomenclatura técnica da profissão.

A assistente social da unidade Lijane Oliveira, que acompanhou a turma, reforça a avaliação positiva de cada uma delas individualmente. “O curso foi bastante positivo. As meninas se sentiram mais valorizadas, com sua autoestima elevada. Estão todas de parabéns porque corresponderam ao esperado”, enalteceu. O curso teve início em fevereiro e contou com 80 horas/aula. Durante o encerramento também foi comemorado o aniversário de algumas acolhidas.

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