Medicamento solicitado por morador do interior não consta nos itens de padronização
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que, diferentemente do que foi divulgado em uma emissora de rádio local, as equipes da Unidade de Saúde Cândida Alves, localizada no bairro Industrial, não são e nem podem ser responsabilizadas pela morte de Cosme Erotides.
Por ser morador do bairro Eduardo Gomes, município de São Cristóvão, Cosme Erotides não era usuário cadastrado na Rede Municipal de Saúde de Aracaju. Além disso, o medicamento solicitado pelo paciente e pela família dele não consta nos itens de padronização da Coordenação de Farmácia da SMS. Mas, apesar de todas essas condições preconizadas pelo SUS, Cosme foi atendido indiscriminadamente pelas equipes da unidade procurada por ele.
Quando familiares do paciente procuraram pela primeira vez a Unidade em busca de um dos medicamentos, foram atendidos e orientados. “Na ocasião, disponibilizamos o medicamento que procuravam e a família foi orientada a procurar a unidade de saúde que acompanhava o caso dele. Nós nunca negamos atendimento”, explica a coordenadora da III Região de Saúde, Rosana Reis. Ela comentou ainda que é imprescindível o acompanhamento do médico da Unidade na liberação de medicamentos.
Entretanto, Cosme não retornou à Unidade que deveria acompanhá-lo. Quando tentou pela segunda vez conseguir remédio na Cândida Alves, não conseguiu. Dessa vez por se tratar de um medicamento não disponibilizado pelos itens padronizados da Coordenação de Farmácia da Secretaria Municipal de Saúde. Desorientada, a família acusa o município por não dispor do medicamento que o paciente necessitava. Além disso, a família nunca procurou ninguém da Unidade para obter maiores informações.
“A gente sabe que, nesses momentos de perda, que são momentos difíceis para família – já que ninguém quer perder o seu ente querido – existe num primeiro momento uma revolta, e a gente entende que isso é natural. As pessoas se apegam a alguma explicação, inclusive para a morte. Neste caso específico, estão se apegando ao fato, como se a falta da medicação fosse o real motivo que o conduziu à morte. A gente sabe que o caso dele não era esse, o caso dele era grave”, informa a coordenadora.
Padronização
A Secretaria Municipal de Saúde tem cerca de 186 itens de medicamentos padronizados. A padronização desses medicamentos obedece a diversos critérios que levam em conta, entre outros, os índices epidemiológicos da população e a demanda dos medicamentos. Esses medicamentos estão disponíveis em todas as unidades de saúde do município.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]