Maternidades do interior conhecem o Método Canguru
A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), que já é referência estadual no Método Mãe Canguru (MMC), reuniu, nesta quinta-feira, 05, profissionais de oito municípios de Sergipe. A meta é qualificar a assistência ao recém-nascido prematuro e de baixo peso, diminuindo a mortalidade infantil.
A Oficina de Fortalecimento do Método Canguru em Sergipe aconteceu no auditório da unidade. Consultores do Minstério da Saúde e profissionais que já trabalham com o método em Aracaju orientaram mais de 30 profissionais sobre o método. Participaram da qualificação, profissionais de Aracaju, Lagarto, Estância, Capela, Nossa Senhora da Glória, Propriá, Socorro e Itabaiana.
Além de divulgar as novas diretrizes do Método Canguru, através de uma atualização com os funcionários, as representantes do Ministério devem validar o programa desenvolvido na Maternidade.
“O que pretendemos com essa oficina é, além de fortalecer o método na MNSL, também expandir para as maternidades do interior. O método, além de intensificar a humanização da assistência, ajuda a aliviar mais rapidamente os leitos da UTI neonatal”, destacou a superintendente da MNSL, Carline Rabelo.
Para a coordenadora da saúde da criança e do adolescente da SES, Márcia Estela, além de ajudar a diminuir a mortalidade infantil em recém-nascidos com baixo peso, o método também apresenta outras vantagens. “Como os bebês prematuros ficam um tempo na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN) eles acabam perdendo o vínculo com as mães e o método serve para reatar esse vínculo”, explicou.
Exemplo disso é a rápida recuperação da pequena Evelin Vitória, que nasceu com seis meses e 760g. Após dois meses de cuidados e carinho da mãe e dos profissionais da MNSL, praticamente, já dobrou de peso. “Aprendi que o contato direto comigo faz com que ela não esqueça de respirar”, ensinou a mãe, Cíntia Naiara Santos Silva.
A abertura do encontro ocorreu nessa quarta-feira, 4, e encerra nessa sexta-feira, 6, ocasião em que acontecem as conclusões com os apoiadores e os gestores. A organização do encontro é do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) e Fundação Estadual de Saúde (Funesa).
O método
O Método Mãe Canguru (MMC) foi implantado em Sergipe há oito anos. O trabalho que começou na Maternidade Hildete Falcão Batista (MHFB), se estende até hoje na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), referência para casos de alta complexidade. As ações são desenvolvidas por uma equipe multidisciplinar composta por neonatologistas, pediatras, psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeuta ocupacional, enfermeiras, técnicas, auxiliares de enfermagem entre outros profissionais.
O desenvolvimento do método é composto por três etapas. A primeira começa no cuidado prestado ao recém-nascido na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), onde é garantido todo suporte necessário com a utilização de respiradores e monitores multiparâmetros. Depois da evolução clínica, o bebê é encaminhado para enfermaria da Ala Verde, onde o filho fica ‘amarrado’ ao corpo da mãe na posição vertical. A última etapa acontece de forma ambulatorial, através de consultas especializadas no consultório de ‘follow- up’ [termo em inglês, que significa, ‘revisão/acompanhamento’].
Resultados
A técnica adotada em todo o mundo vem gerando importantes resultados em Sergipe. Anualmente, cerca de 300 bebês têm suas vidas salvas graças ao Método. Há comprovações científicas que a chamada posição canguru não proporciona apenas o contato pele a pele, mas incentiva a alimentação exclusiva com leite materno, pois estimula o vínculo. Graças a essa ação simples, o tempo de permanência nas incubadoras é reduzido e há a constatação de melhorias significativas nos pequenos pacientes.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Maternidades do interior conhecem o Método Canguru – Fotos: Ascom/SES