Maternidade Nossa Senhora de Lourdes recebe grande número de atendimentos de baixo risco
Assistência, humanização e qualidade nos serviços. Essas têm sido prioridades na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), unidade referência em Sergipe para o atendimento às gestantes e parturientes de alta complexidade. Apesar de ser destinada apenas para atender a este público específico, em média 50% dos atendimentos na MNSL são classificados como de baixo risco, o que sobrecarrega a unidade.
Para se ter uma ideia, dos quase 13 partos realizados diariamente na MNSL, 6 não deveriam ser feitos no local. Nos primeiros seis meses de 2013, a Maternidade registrou mais de 7 mil atendimentos. Desses, 4930 partos foram classificados como de baixa complexidade: janeiro (622), fevereiro (852), março (852), abril (751), maio (986) e junho (867).
Desse total, 3.375 foram pacientes não admitidas pela unidade, classificadas como de baixa complexidade, que não necessitavam de internamento ou foram encaminhadas para o exame pré-natal. Outras 1.122 foram removidas para outras unidades de saúde.
“Muitos atendimentos de risco habitual poderiam ser realizados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), mas as gestantes ainda procuram a MNSL como primeira forma de atendimento. Muitas pacientes chegam de forma espontânea, sem apresentar complexidade na gestação, o que ocasiona um fluxo invertido. Isto é comprovado na Classificação de Risco realizada pelo setor de admissão”, explica Manuela Oliveira, superintendente da MNSL.
Reunião
Com o objetivo de ouvir as demandas e necessidades dos profissionais e proporcionar melhorias no atendimento e no desenvolvimento das atividades, a direção da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) reuniu-se com membros da superintendência da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) e os médicos obstetras que atuam nesta unidade na quinta-feira, 18.
Durante a reunião, foram ouvidas propostas e discutidos assuntos como: composições das escalas, condições de trabalho, com a remuneração de acordo com as horas trabalhadas e o ato de interdição ética realizado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM/SE).
De acordo com o diretor geral da FHS, Marcelo Vieira, é de extrema importância estabelecer um canal de diálogo. “Esse contato com o corpo obstétrico da casa teve o objetivo de abrir um canal de negociações para ouvir as demandas e tentar solucionar o problema das escalas. Acredito que desta maneira, podemos melhorar as condições de trabalho e atendimento”, esclarece.
O diretor operacional da FHS, Wagner Andrade, destaca a importância da reunião. “Os médicos obstetras apresentaram seus anseios, os problemas que os afligem durante o dia a dia de trabalho e assumimos um compromisso de fazer um mapeamento de todos os questionamentos, para que a Fundação Hospitalar de Saúde possa solucionar estes problemas de forma rápida”, declara.
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