[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

Tornar o período de internação mais prazeroso. Este é o objetivo da ‘Pintura em Ventre’, uma técnica desenvolvida em São Paulo pela artista plástica Julia Luah e que está sendo implementada na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) para as gestantes internadas na Ala Rosa através das mãos da fotógrafa e voluntária Renata Maia.

“Quando comecei a atuar como doula, vi que podia fazer algo por essas futuras mamães de alguma forma. É claro que inda estamos engatinhando nessa novidade chamada de ‘Gestando Arte’, mas podemos ir além”, informou Renata.

Para a enfermeira Fernanda Cruz Ramos, que acompanhou todo o processo artístico, a proposta tem ajudado a motivar as pacientes. “Percebi que elas ficaram menos ansiosas e entraram no clima da brincadeira. Na verdade, toda atividade lúdica é importante, porque faz com que elas se desliguem da hospitalização,” comentou Fernanda.

Ação

A iniciativa faz parte do projeto ‘Doulas Amigas do Parto’, criado em dezembro de 2010. O projeto pioneiro no Estado tem como base no cumprimento da Lei 11.108, de 7 de abril de 2005, que garante às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

“A gente percebe que esse contato com a pele e a pintura tira o foco da gestação de alto risco. A mulher passa a vivenciar a beleza da gestação, a emoção de gerar um ser dentro da barriga. Muitas começam a aceitar melhor essa dádiva e até passam a conversar com os seus bebês, o que antes, era algo difícil de ver,” explicou a psicóloga Sílvia Andrade.

Benefícios

“Foi um momento único, inesquecível. Queria que a pintura permanecesse por mais tempo na minha barriga, afinal, eu amo paisagem e as flores retrataram o meu sentimento de felicidade. Quando olhei para o desenho, mais do que nunca lembrei que existe uma vida dentro de mim e o meu mundo vai ficar mais colorido em poucos dias,” desabafou Joana Silva, grávida de Gabrielle.

Segundo Rejane Barbosa o trabalho artístico significou uma mudança de comportamento. “São três meses de interação por causa da perda de líquido e início de trombose. Eu já estava ficando impaciente, revoltada, mas percebi que esse ambiente também pode ser de alegria,” confessou a mãe de Lorrany.

Ampliações

A unidade de saúde também desenvolve outras ações. Ao longo dos últimos dois meses, a maternidade vem se empenhando na consolidação do Grupo de Promoção em Saúde (GPS). O trabalho realizado por uma equipe multidisciplinar tem o objetivo de reforçar a autonomia das pacientes, através da oferta de atividades coletivas e troca de experiências.

“Nos nossos encontros semanais discutimos temas escolhidos por elas e alternamos o cronograma com práticas corporais. As atividades físicas, servem para aliviar o estresse, a ansiedade e a ainda prepará-las para o grande dia do parto,” concluiu a a médica do Núcleo de Apoio ao Trabalho (NAT), Priscila Dayse.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.